Exclusivo Suspensão de greve na TAP à espera de Medina

Os pilotos da TAP negociaram um acordo com a administração que está à espera de aprovação do Governo. As infraestruturas já aprovaram, mas falta ainda a decisão das Finanças.

Os pilotos da TAP aprovaram uma greve na Páscoa, para os dias 7 a 10 de abril, uma decisão tomada em assembleia geral porque o Governo não ratificou o acordo que foi celebrado com a administração da companhia. O Ministério das Infraestruturas, liderado por João Galamba, já aprovou o acordo há duas semanas, mas falta ainda uma decisão do ministro das Finanças, Fernando Medina, apurou o ECO junto de fontes governamentais.

A greve foi aprovada na noite de quinta-feira numa assembleia de pilotos, uma vez que “a tutela não está a comprometer-se a assegurar este acordo com a nova gestão” da TAP, disse à Lusa fonte do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), referindo-se à saída da atual CEO da TAP, no final deste mês, e a entrada do novo presidente executivo, Luís Rodrigues, depois de meados de abril. “Até o Governo ratificar a proposta, mantemos a greve“, precisou fonte da direção do SPAC. A TAP tem uma tutela conjunta, das Infraestruturas e das Finanças, mas o acordo estará agora apenas à espera de uma decisão de Medina.

Oficialmente, nenhum dos ministérios esclarece qual será a posição do Governo, mas os efeitos da marcação da greve já estão a fazer-se sentir no negócio da TAP, porque os potenciais passageiros não querem arriscar a marcação de uma viagem na companhia aérea para os dias da greve.

O sindicato dos pilotos anunciou no passado dia 20, em comunicado interno, que tinha chegado a um “pré-acordo possível com a TAP” depois de meses de negociação. Nessa comunicação, o SPAC Ainda que considere as medidas acordadas “insuficientes”, o sindicato avançava, então, que queria dar um voto de confiança” ao novo CEO, Luís Rodrigues.

Nesse acordo, os pilotos destacaram várias medidas, entre as quais a “cessação da intenção do despedimento coletivo”, “o pagamento aos OPTs com funções de comando em cruzeiro” e “o pagamento da assistência geral no aeroporto e simuladores”. O pré-acordo prevê também uma nova tabela de ajudas de custo a partir de abril e a reavaliação e a compensação em abril e maio das “rubricas com os códigos 2009 e 2089, com retroatividade a março no caso de não se chegar a acordo de novo AE [Acordo Empresa] no final de maio”.

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