Administradora financeira da CGD está de saída do banco público

Maria João Carioca renuncia ao cargo de CFO do banco e deve rumar à Galp. Francisco Ravara Cary vai assegurar a pasta até à nomeação de um substituto para a administração do banco público.

Maria João Carioca apresentou a renúncia ao cargo membro executivo do conselho de administração e Chief Financial Officer (CFO) da Caixa Geral de Depósitos, com efeitos a partir de 31 de março. A gestora prepara-se para trocar o banco público pela Galp, avança o Jornal de Negócios, que adianta ainda que a lista com os novos órgãos sociais da petrolífera portuguesa vai ser entregue no início da próxima semana, um mês antes da Assembleia Geral da empresa.

Em comunicado enviado à CMVM, o banco público informa que “já iniciou o conjunto de diligências no âmbito da instrução do processo de fit and proper, tendo em vista a obtenção, junto do Banco Central Europeu e do Banco de Portugal, da autorização” para um candidato que possa completar o mandato até 2024.

“Mais se informa que Francisco Ravara Cary, membro executivo do conselho de administração da CGD, desempenhará as funções de CFO no período compreendido entre a data de produção de efeitos da renúncia por parte de Maria João Borges Carioca Rodrigues e a data de início do exercício de funções do novo membro”, acrescente a instituição financeira.

Maria João Carioca, ex-presidente da Euronext Lisboa, ocupava desde julho de 2017 o cargo de vogal do conselho de administração e da comissão executiva da CGD, liderada por Paulo Macedo. Em fevereiro do ano passado foi escolhida para ser a primeira mulher a ocupar o cargo de administradora financeira do banco estatal.

Nascida a 10 de agosto de 1971 e licenciada em Economia pela Universidade Nova de Lisboa, a gestora iniciou a carreira como consultora na Mckinsey e, entre outros cargos, foi membro executivo do conselho de administração da SIBS entre 2011 e 2013, sendo vogal não executiva da instituição desde há seis anos.

Em 2022, o lucro da Caixa aumentou 45,5%, para 843 milhões de euros, com o banco público a anunciar dividendos recorde acima dos 350 milhões de euros a serem pagos em cash ao Estado, que ficará ainda com o edifício-sede da instituição. O resultado obtido no ano passado ficou muito perto do máximo histórico de 856 milhões registado em 2007, há 15 anos, tendo permitido alcançar uma rentabilidade dos capitais próprios de 9,8% no final de 2022.

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