“Até na vida estamos a prazo, quanto mais nos governos”, diz ministro da Economia
O ministro da Economia e do Mar diz que a declaração de Marcelo é uma “mensagem de estabilidade, de continuidade” e que o "Governo tem toda a legitimidade para continuar":
O ministro da Economia defende que o Governo “tem toda a legitimidade” para continuar a governar mas lembra que “até na vida estamos a prazo, “quanto mais nos governos”.
À margem da primeira edição dos Encontros da Economia, em Guimarães, António Costa Silva é o primeiro governante a reagir à comunicação do Presidente da República ao país, que, na quinta-feira, afastou o cenário de eleições antecipadas mas teceu duras críticas ao Governo. Depois das declarações do chefe de Estado, tanto o PS como o Governo ficaram remetidos ao silêncio,
Marcelo Rebelo de Sousa frisou que os portugueses “precisam de mais e melhor” e que é necessário um “apoio político mais eficaz” para as famílias e empresas. Avança, por isso, que de futuro vai estar “ainda mais atento e interveniente no dia a dia, sinalizando de modo mais intenso tudo aquilo que possa afastar os portugueses da responsabilidade daqueles que governam”.
“Quando o Presidente da República fala, ouvimos com muita atenção. Agora, o que o país precisa é de estabilidade, é de continuidade, e o Governo tem toda a legitimidade para continuar, para conseguir resolver os problemas das pessoas. E acho que é isso que vai acontecer com o foco, sempre, na vida das pessoas, e na vida das empresas”, disse o governante aos jornalistas.
Questionado sobre se o Governo ficou com uma pulseira eletrónica ou de como é que vai enfrentar esta supervisão de Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro da Economia assumiu encarar essa situação “com muita jovialidade”. “Sabe que eu já estive preso três anos num regime totalitário. No primeiro ano fui torturado dia sim, dia sim. Portanto, as prisões para mim não me impressionam muito”, respondeu o ministro.
“Só tenho pena é que um pouco desta gritaria ofusque os resultados que a economia está a atingir, porque é aí que nós nos devemos focar, é pela economia que o país pode mudar, é pela economia que o país pode criar mais riqueza, mais propriedade e ser um país mais justo”, vincou António Costa Silva, acrescentando que “até na vida” estamos a prazo, “quanto mais nos governos”.
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