“Mediadores são garantia de maior concorrência no setor segurador”

  • ECO Seguros
  • 21 Maio 2023

João Nuno Mendes, secretário de Estado das Finanças, esteve no 9º congresso da APROSE e referiu como positivo mediadores de seguros mais profissionalizados. Margarida Aguiar destacou o lado humano.

João Nuno Mendes: “esperamos para breve ter novidades quanto aos seguros contra catástrofes naturais”.

O 9º congresso dos Agentes e Corretores de Seguros, organizado pela APROSE, reuniu no passado sábado no Centro de Congressos do Estoril, após uma interrupção provocada pela pandemia.

Logo na abertura, David Pereira, presidente da APROSE, associação nacional dos agentes e corretores de seguros, referiu ter entregado em mão aos presentes João Nuno Mendes, secretário de estado das Finanças e a Margarida Corrêa de Aguiar, presidente do supervisor ASF , um pedido de regime de exceção nos contratos com seguros de vida. O pedido tem intenção de aprovar “um regime excecional e temporário, que permita a liberdade de escolha das entidades com as quais pretendem contratualizar seguros no crédito à habitação, tal como já prevê a lei”, disse David Pereira.

David Pereira, presidente da APROSE: ” mediadores são a coluna vertebral do setor segurador”.

 

O presidente da APROSE insistiu na ideia de que é “brutal a pressão exercida pela banca sobre o seu cliente para comprar seguros ao balcão”, quando há oferta no mercado que permite diminuição de custos na ordem dos 50% nos prémios. Exemplificou com um o valor de um seguro de vida ligado a um crédito à habitação, habitual em valor e prazo, cuja contratação fora de um banco pode levar, no final, a uma poupança de 20 mil euros.

Por estes motivos David Pereira considerou os agentes e corretores como a “coluna vertebral do setor segurador”, e reforçou as suas qualidades de consultores dos clientes, mais do que apenas vendedores seguros.

Margarida Aguiar: “são a face mais humana dos seguros”

Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, registou a entrega do pedido formal da APROSE salientando que pode haver espaço para novos equilíbrios melhorem, repartam melhor custos-benefícios entre bancos, seguradoras e os consumidores-clientes e aproveitou para louvar os mediadores pela forma como se adaptaram com sucesso às circunstâncias criadas pela pandemia.

Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF “o aumento das exigências de reportes periódicos são um encargo para a mediação, mas importantes para assegurar a boa conduta do setor”.

Para Margarida Aguiar, a transparência e informação podem ter um papel muito mais relevantes a desempenhar para que se possam tomar decisões mais conscientes que correspondam aos reais interesses dos envolvidos e a mediação exerce “um papel essencial” nesse domínio.

Com 93% dos seguros em Portugal a serem comercializados através dos canais de mediação por empresas e particulares, a presidente da ASF confirmou que todos os operadores têm uma notação de risco no supervisor e que o aumento das exigências de reportes periódicos são um encargo para a mediação, mas importantes para assegurar a boa conduta do setor.

Margarida Aguiar realçou a missão do mediador junto dos consumidores, tarefas de ajuda e descomplicação dos temas numa altura em que a Inteligência Artificial avança no setor permitindo melhor gerir o risco e enfrentar a incerteza, num processo que não deve esquecer a mutualização como base da atividade.

“O mediador continuará a ser a face mais humana dos seguros”, concluiu a presidente da supervisão.

Prometidas novidades do Governo quanto a catástrofes naturais

João Nuno Mendes, secretário de Estado das Finanças, afirmou que não teve oportunidade de ver o caderno que lhe foi apresentado pela APROSE, mas o que Governo terá oportunidade de o analisar em conjunto com a ASF com quem “tem mantido conversações sobre outras matérias, esperando para breve ter novidades quanto aos seguros contra catástrofes naturais”, nomeadamente quanto ao risco sísmico que nos tem sido apresentado pela setor segurador.

O governante destacou o número elevado de mediadores recentemente profissionalizados, que eles próprios têm um papel importante na garantia de maior concorrência no setor segurador, com melhores serviços aos clientes e a preços mais adequados.

Referiu a importância setor segurador na economia nacional e no apoio às famílias e empresas e destacou o peso do investimento das seguradoras que rondou, em 2022, os 50 mil milhões de euros e a sua contribuição para o crescimento da economia e notou a solvência em geral do setor segurador ao nível do melhor da Europa.

Marques Mendes e debates completaram o congresso

Luís Marques Mendes foi Key note Speaker no Congresso abordando o tema “O futuro são as pessoas” que prosseguiu com os debates Modelos de distribuição de seguros: que futuro? com a participação de Sérgio Teodoro da Fidelidade, Carlos Varela da Allianz, Mário Vinhas da MDS e António Vasconcelos da APROSE. Outro debate focou O mediador do Futuro com a participação de Joana Pina Pereira da Tranquilidade, Gustavo Barreto da Ageas Seguros e Nuno Catarino da APROSE.

Teve ainda lugar o painel Novas ofertas comerciais: “Estamos a competir com robots?” com a presença de Rita Almeida da Liberty, Ezequiel Silva da Seguramos; Ana Teixeira da Mudey e Ricardo Raminhos da MGEN.

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