Costa diz que classe média é a chave “para combater a extrema-direita”
Para António Costa, defender a classe social deve ser a prioridade na Europa de forma a evitar a ascensão do radicalismo, populismo e da extrema-direita no continente.
O primeiro-ministro considera que a classe média é chave para combater a ascensão do radicalismo e da extrema-direita na democracia, alertando que esse é “o grande desafio” que a União Europeia tem pela frente.
“Hoje o grande desafio que a Europa para defender a sua liberdade e democracia, é proteger as classes médias. É quando a classe média se sente abandonada e insegura, que temos terreno fértil para os radicalismos, populismo e extrema-direita crescerem e se tornarem uma ameaça”, afirmou esta sexta-feira, António Costa, durante o discurso de encerramento da cimeira do Partido Socialista Europeu, em Matosinhos.
O alerta foi dado numa altura em que se aproximam as eleições europeias e os partidos mais à direita vão ganhando terreno um pouco por toda a Europa. Para António Costa, a própria história indica que “sempre que a classe média se sente abandonada e insegura”, “foi quando a extrema-direita e o radicalismo conseguiram crescer”.
Como forma de evitar que isso se volte a refletir nos resultados das eleições, António Costa apelou aos socialistas presentes no auditório do Terminal do Porto de Leixões que seja dada “oportunidades às classes médias para combater a extrema-direita”, por considerar que este grupo é quem “assegura a existência da democracia”.
Ademais, acrescentou, deve ser assegurado que as próximas gerações “têm melhores condições” de vida, embora reconheça que essa “é uma grande caminhada”.
“Precisamos de um estado social forte e uma garantia de que ninguém fica para trás“, reforçou perante os socialistas, recordando estar que as duas transições atualmente em curso na União Europeia – a energética e a digital – colocam em causa “a produtividade das empresas e a segurança dos postos de trabalho”.
“Há profissões que vão desaparecer e o que temos que assegurar é que todos os que perdem os postos de trabalham tenham oportunidades e condições de ter qualificações necessárias para ter emprego e uma melhor posição do futuro”, defendeu Costa.
Notícia atualizada às 20h51
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