Caixas Agrícolas mantêm abertas negociações apesar de aumentos de 4%
Sindicatos indicam que “4% de aumento salarial é inaceitável, atendendo a vários fatores, nomeadamente a taxa de inflação de 7,8% em 2022 e os excelentes resultados do setor bancário”.
As Caixas Agrícolas “manifestaram abertura” para negociações salariais, apesar de já terem processado um aumento salarial de 4%, adiantaram esta segunda-feira os sindicatos do setor afetos à UGT.
Num comunicado, o Mais Sindicato, Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) e SBN – Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal indicaram que “apesar de terem já processado um aumento salarial de 4%, as Caixas Agrícolas manifestaram abertura para ponderar a sua posição e chegar a um acordo com os sindicatos”.
Segundo a mesma nota, as estruturas sindicais e a Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (FENACAM) realizaram a primeira ronda negocial para revisão do acordo coletivo de trabalho (ACT) no dia 6, “estando em causa a atualização salarial para 2023”.
Em dezembro de 2022, Mais, SBC e SBN apresentaram a todas as instituições do setor “uma proposta de atualização das tabelas e cláusulas de expressão pecuniária de 8,5%”, recordaram, indicando que “no final de fevereiro deste ano, os sindicatos foram informados que, sem prejuízo de a FENACAM enviar uma resposta formal à sua proposta, o Crédito Agrícola decidiu proceder a um aumento dos abonos salariais com base numa taxa de 4% e do subsídio de alimentação diário para 11 euros”.
De acordo com os sindicatos, os aumentos foram processados em março, “com efeitos retroativos a janeiro do corrente ano”. Já em 16 de março os sindicatos receberam uma resposta formal das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ICAM), “reiterando a intenção de rever o ACT com base nos valores aplicados por ato de gestão: 4% nas tabelas e cláusulas de expressão pecuniária e fixando em 11 euros o subsídio de refeição”.
O Mais, SBC e SBN transmitiram às ICAM “o que têm afirmado a todas as outras instituições de crédito subscritoras de convenções coletivas”, ou seja, que “4% de aumento salarial é inaceitável, atendendo a vários fatores, nomeadamente a taxa de inflação de 7,8% em 2022 e os excelentes resultados do setor bancário”.
As organizações indicam ainda que “foi com especial expectativa que na primeira sessão negocial os sindicatos registaram a abertura manifestada por estas instituições para ponderar a sua posição inicial, mantendo o diálogo na tentativa de obter um acordo à mesa das negociações”.
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