Fluxo de gás russo que passa pela Ucrânia pode terminar

Segundo o ministro da energia ucraniano, a probabilidade de Kiev e Moscovo concordarem com a renovação do contrato de cinco anos assinado pela primeira vez em 2019 é "pequena".

Uma das últimas artérias transportadoras de gás russo para a Europa pode ser encerrada até ao final do próximo ano. Em causa está o contrato de fornecimento estabelecido entre a Ucrânia e a Gazprom que está prestes a expirar e cuja renovação é pouco provável, conforme revelou German Galushchenko, ministro ucraniano da energia, em entrevista ao Financial Times.

Segundo o ministro, a probabilidade de Kiev e Moscovo concordarem com a renovação do contrato de cinco anos assinado pela primeira vez em 2019 é “pequena”. Esta artéria que passa pela Ucrânia representa quase 5% do total das importações de gás da Europa. Galushchenko adiantou ainda que a Ucrânia está a preparar o seu sistema para lidar com um eventual corte de abastecimento.

Sem esta rota ucraniana, o único gasoduto de entrega de gás russo à Europa é o TurkStream, o qual abastece países do sudeste europeu e que representou um pouco menos de 3% das importações de gás da Europa em maio.

Segundo o ministro ucraniano, os políticos europeus podem querer renegociar o contrato – tal como aconteceu em 2019, quando uma delegação da União Europeia intermediou as negociações trilaterais entre a Rússia e a Ucrânia – contudo, os analistas dizem que isso é “improvável”, tendo em conta a dificuldade nas negociações com Moscovo na sequência da invasão da Ucrânia, refere ainda o FT.

Anteriormente, Mikhail Galuzin, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, já havia dito que a decisão de não estender o acordo de trânsito de gás seria um golpe para a União Europeia, ao mesmo tempo que a Ucrânia “daria um tiro no próprio pé” ao perder os dividendos resultantes.

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