Cabaz IVA zero só desceu 55 cêntimos na última semana

Cabaz IVA zero monitorizado pela Deco está 10,13 euros mais barato desde a entrada em vigor da medida. Na última semana caiu apenas 55 cêntimos, passando a custar 128,64 euros.

O preço do cabaz de bens essenciais de um conjunto 41 produtos alimentares abrangidos pelo IVA zero ficou apenas 55 cêntimos mais barato na última semana, passando a custar 128,64 euros, de acordo com os cálculos da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco). Desde a entrada em vigor da medida IVA zero, o preço do cabaz desceu mais de 10 euros.

Em causa está a monitorização de 41 dos 46 alimentos — incluindo peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga — que, desde 18 de abril, passaram a estar isentos de IVA, na sequência do acordo tripartido entre Governo, distribuição e produção.

Se a 15 de maio, o cabaz IVA zero monitorizado pela Deco custava 129,19 euros, esta quinta-feira já custava 128,64 euros. Contas feitas, trata-se de uma redução de apenas 55 cêntimos (0,43%). Contudo, se olharmos para o impacto da medida IVA zero, a redução foi mais significativa: desde a sua entrada em vigor, o cabaz ficou 10,13 euros mais barato, o que se traduz numa quebra de 7,3%.

Ainda assim, na última semana, o atum em óleo vegetal foi o produto que mais subiu de preço, registando um aumento de 10% (mais 14 cêntimos). Segue-se a massa espirais (9%), a alface frisada (8%), a maçã gala, o arroz carolino, os brócolos (os três produtos com aumentos de preço na ordem dos 5%), o pão de forma sem côdea (4%), o bife de peru (3%), a banana importada e o queijo corado fatia embalado (ambos 2%).

Já em termos de categorias de produtos, desde que entrou em vigor o IVA zero, o peixe foi a categoria que mais beneficiou desta medida, dado que uma cesta destes produtos recuou 14,63% (menos 5,10 euros), passando a custar 29,77 euros. Seguem-se os laticínios, que caíram 6,57% (menos 93 cêntimos) para 13,17 euros; a mercearia, cujo preço recuou 6% (menos 1,34 euros) para 20,96 euros; a carne, cuja cesta ficou 4,7% mais barata (menos 1,92 euros) para 38,9 euros; os congelados, que diminuíram 3,44% (menos 12 cêntimos) para 3,47 euros; e, finalmente, a fruta e os legumes, cujo preço registou uma quebra de 3,09% (menos 71 cêntimos) para 22,31 euros.

Paralelamente, a Deco faz ainda a monitorização ao habitual cabaz de bens essenciais, que engloba 63 produtos e que inclui alguns produtos também abrangidos pelo IVA zero. E, ao contrário do que aconteceu no cabaz IVA zero, na última semana este cabaz de bens alimentares encareceu, após ter diminuído de preço na semana anterior.

Entre 14 e 21 de junho, aumentou 53 cêntimos (0,24%), passando a custar 219,32 euros. Se compararmos com há um ano (a 22 de junho de 2022), este cabaz está, agora, 17,34 euros mais caro, como resultado de uma subida de 8,58% dos preços. Por sua vez, se a comparação for feita com o dia anterior ao início da guerra na Ucrânia (a 23 de fevereiro de 2022), este cabaz aumentou 19,44%, passando a custar mais 35,69 euros.

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