Bruxelas alerta que fusão da Orange e MásMóvil pode levar a aumento de preços “significativo”
Comissão Europeia opõem-se à proposta de joint venture das operadoras Orange e MásMóvil, avaliada em 18,6 mil milhões de euros, frisando que os "efeitos anti concorrenciais" são "substanciais".
A Comissão Europeia rejeitou a proposta de fusão entre as operadoras espanholas Orange e MásMóvil, argumentando que a nova operação poderá provocar “efeitos anticoncorrenciais” resultando num aumento de preços “significativo“ para os clientes no mercado retalhista.
A objeção à joint venture já era esperada, tal como tinha avançado a Bloomberg, mas esta terça-feira, o executivo comunitário deu mais detalhes sobre os motivos que levam a bloquear a fusão avaliada em 18,6 mil milhões de euros.
Na nota publicada, a Comissão Europeia diz ter “receio” de que a operação proposta possa reduzir o número de operadores de rede em Espanha, “eliminando assim uma pressão concorrencial significativa e um rival inovador nos mercados retalhistas espanhóis de serviços de telecomunicações móveis, serviços de Internet fixa e pacotes de serviços múltiplos (incluindo os convergentes fixo-móvel)”.
A fusão proposta, considera ainda o Executivo de Ursula von der Leyen, poderá “conduzir a aumentos de preços significativos para os clientes retalhistas” em todo o mercado espanhol. Em Bruxelas, a conclusão é clara: os “efeitos anticoncorrenciais” desta joint venture são “substanciais”, mesmo tendo em conta as potenciais economias de custos.
A lista de objeções da Comissão Europeia é resultado de uma “investigação exaustiva” conduzida pela Autoridade de Concorrência Europeia, em abril, à possível fusão da Orange e da MásMóvil, que alegava estar “preocupada” que da operação de concentração resulte um aumento dos preços e uma redução da qualidade dos serviços.
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