Turistas franceses ultrapassam os espanhóis nas dormidas em Portugal em maio
O alojamento turístico em Portugal continua a superar os números registados antes da pandemia. Em maio, teve um total de 2,8 milhões de hóspedes e 7,1 milhões de dormidas.
As dormidas de turistas espanhóis em Portugal caíram 3% em maio face a igual mês de 2019, o que levou Espanha a perder representatividade entre os principais mercados emissores, para uma quota de 6,4%, e a ser ultrapassada por França (quota de 10%), mesmo com a queda de 4,6% de dormidas de turistas franceses no mesmo período.
Os dados constam das estatísticas rápidas do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a atividade turística em maio, publicadas esta sexta-feira, que indicam ainda que as dormidas de residentes franceses (5,3%) tiveram um crescimento homólogo superior às de residentes espanhóis (4,5%).
Dormidas pelos principais mercados emissores
Ao todo, o setor do alojamento turístico contabilizou 2,8 milhões de hóspedes e 7,1 milhões de dormidas no quinto mês do ano, valores que traduzem aumentos de 12,1% e de 10%, respetivamente, em relação a maio de 2022. Os mercados externos totalizaram a larga maioria de dormidas (4,8 milhões, mais 13,6% face a maio de 2019), enquanto o mercado interno contribuiu com 1,8 milhões de dormidas (+0,4%). Estes aumentos foram, contudo, menores do que os registados no mês anterior (+7,7% nos hóspedes e +16,9% nas dormidas).
Comparativamente ao mesmo mês de 2019, verificaram-se crescimentos de 8,2% nos hóspedes e de 9% nas dormidas (+10,2% nos residentes e +8,6% nos não residentes), o que representa também um abrandamento face ao aumento registado em abril (+14,3%; +20,8% nos residentes e +11,8% nos não residentes).
Por segmento, as dormidas na hotelaria (82,1% do total) aumentaram 8,9% (+7,7% face a maio de 2019). Também nas dormidas em estabelecimentos de alojamento local (peso de 14,6% do total) se verificou um cenário semelhante, com um crescimento de 15,9% (+10,2% face a maio de 2019), enquanto as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,3%) aumentaram 12,1% (+46,5% comparando com maio de 2019).
Segundo o INE, todas as regiões registaram aumentos nas dormidas. Com 27,7% das dormidas, o Algarve voltou a superar a Área Metropolitana de Lisboa (26,9%), à qual se seguiu o Norte (17,2%). No entanto, face a maio de 2019, as dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões — especialmente no Norte (+22,8%), na Madeira (+21,5%) e nos Açores (+12,7%) — menos no Algarve (-0,7%).
No mês em análise, a taxa líquida de ocupação por cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (49,9%) aumentou 1,7 pontos percentuais em maio, mas ficou ligeiramente abaixo do valor observado no mesmo mês de 2019 (50,1%). Por outro lado, a taxa líquida de ocupação por quarto (61,9%) aumentou 3,1 pontos percentuais, ficando acima do valor registado no mês homólogo de 2019 (59,6%).
Resultados gerais do setor de alojamento turístico
De referir ainda que a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,52 noites) diminuiu 1,9%, sendo que entre os residentes (1,85 noites) teve um decréscimo de 1,5% e entre os estrangeiros que visitam Portugal (2,86 noites) caiu 4%.
No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, o INE observou que o alojamento turístico registou 10,7 milhões de hóspedes e 26,5 milhões de dormidas, que correspondem a aumentos homólogos de 25,7% e 23,9%, respetivamente. Face ao período pré-pandemia, o número de dormidas aumentou 12,8%, crescendo 17,4% nos residentes e 10,9% nos não residentes.
Canadá continua a ser o mercado com maior crescimento
Entre os dezassete principais mercados emissores (87,3% do total de dormidas de não residentes), com exceção da Finlândia (-8,9%) e dos Países Baixos (-0,4%), todos registaram crescimentos.
As dormidas de residentes no Reino Unido (20% do total das dormidas de não residentes em maio) aumentaram 4% relativamente a maio de 2019. O mercado alemão (quota de 11,95%) teve um crescimento de 2,9%.
Em destaque esteve o mercado do Canadá, que teve o maior crescimento face a maio do ano passado (+66,3%). Mas o mercado norte-americano também continua a evidenciar-se, tendo crescido 34,6% em termos homólogos e 67,2% em relação ao mesmo mês de 2019.
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