IAPMEI vai contar com reforço de 53 trabalhadores

  • Lusa
  • 6 Julho 2023

Em fase final está a contratação das últimas 21 pessoas. Estes trabalhadores vão dedicar-se, em exclusivo, ao PRR, o que será “uma grande ajuda”, segundo o IAPMEI.

O IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação vai contar com um reforço de 53 trabalhadores, que se vão dedicar, em exclusivo, ao Plano de Recuperação e Resiliência, anunciou esta quinta-feira o presidente do conselho diretivo deste instituto.

“Evidentemente que a questão dos recursos humanos põe-se e é transversal às empresas, à academia e à função pública. Somos 339 trabalhadores no IAPMEI. Pensando no avolumar de trabalhos para o PRR, estamos em processo de contratar 53 pessoas”, anunciou o presidente do conselho diretivo do IAPMEI, Luís Pratas Guerreiro, em resposta aos deputados da comissão parlamentar de Economia.

Em fase final está a contratação das últimas 21 pessoas. De acordo com o IAPMEI, estes trabalhadores vão dedicar-se, em exclusivo, ao PRR, o que será “uma grande ajuda”. Contudo, Pratas Guerreiro lembrou que os profissionais em causa ainda vão ter que fazer uma “curva de aprendizagem”, havendo assim um atraso até que estes trabalhadores possam dar o seu contributo.

O presidente do conselho diretivo do IAPMEI sublinhou ainda que houve dificuldade em recrutar estes colaboradores, tendo em conta a especificidade do trabalho. “No IAPMEI, a idade média das pessoas é de 53 anos. O IAPMEI sofre aquilo que a função pública também está a sofrer, que é um envelhecimento generalizado”, apontou.

Neste sentido, o instituto está a desenvolver um plano de sucessão, tendo já autorização para recrutar mais 31 pessoas. “Os recursos nunca são suficientes. Apesar de tudo, vai ser uma ajuda bastante boa e penso que, realmente, quando esta onda do PRR estiver no terreno e entrar em velocidade cruzeiro, estaremos em condições para trabalhar melhor”, concluiu.

Pagos 384 milhões no âmbito das agendas mobilizadoras

“Em termos de pagamentos, as agendas mobilizadoras começaram com um adiantamento de 13% e depois tivemos um aumento para 23%. Temos pagos 384 milhões de euros”, indicou ainda Luís Pratas Guerreiro, que defendeu que estas agendas vão alavancar a economia portuguesa para que ela se torne mais competitiva, resiliente e internacional.

No início, foram apresentadas propostas para 143 agendas, sendo que, posteriormente, foram definidas 53. O Ministério da Economia e do Mar anunciou esta quinta, em comunicado, que 50 destas agendas mobilizadoras para a inovação empresarial estão contratualizadas, somando 7.700 milhões de euros de investimento.

No final de maio, Portugal submeteu uma proposta de reprogramação do PRR a Bruxelas, cuja dotação ultrapassa os 22.000 milhões de euros. Com a reprogramação, Portugal passará a contar com mais 41 medidas, 11 reformas e 30 investimentos.

O montante total do PRR (16.644 milhões de euros – valor inicial), gerido pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal, está dividido pelas suas três dimensões estruturantes – resiliência (11.125 milhões de euros), transição climática (3.059 milhões de euros) e transição digital (2.460 milhões de euros). As três dimensões do plano apresentam uma taxa de contratação de 100%.

Da dotação total, cerca de 13.900 milhões de euros correspondem a subvenções e 2.700 milhões de euros a empréstimos. Este plano, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico. Além de ter o objetivo de reparar os danos provocados pela covid-19, este plano tem ainda o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.

Na sua intervenção inicial, Luís Pratas Guerreiro fez também um balanço do Portugal 2020, referindo que 70% (8.088) dos projetos contratualizados encontram-se encerrados. “Temos por encerrar 3.570 e destes 2.248 já com pedido de reembolso final submetido em análise, 430 estão em processo de decisão e 892 projetos sem pedido de reembolso final”, precisou.

Em termos de execução, o IAPMEI apresenta uma taxa de 81% face ao incentivo aprovado, sendo o organismo que apresenta a percentagem mais elevada. Por pagar estão cerca de 993 milhões de euros, sendo que cerca de 60% estão contratados a projetos que vão ser concluídos este ano.

O presidente do Conselho Diretivo do IAPMEI reconheceu não estar completamente contente com estes números, mas recordou que a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia afetaram o processo.

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