30% do aumento da receita fiscal e contributiva deveu-se à inflação, avança BdP
Estudo do Banco de Portugal antecipa que o impacto do aumento da inflação seja ainda maior do que em 2022, devido à evolução dos salários e do deflator do Produto Interno Bruto (PIB).
O Banco de Portugal estima que, no ano passado, 30% do aumento da receita fiscal e contributiva se deveu à subida da inflação, segundo o estudo divulgado esta sexta-feira. De acordo com o banco central, do total do aumento da receita fiscal e contributiva em 2022, que ascendeu a 11.156 milhões de euros, houve 3.212 milhões de euros que resultaram da subida da inflação.
O maior impacto foi da receita do IVA (Imposto sobre Valor Acrescentado), o imposto aplicado às vendas de produtos ou prestações de serviços em Portugal. Já no IRS (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares) e nas contribuições sociais, o BdP diz que “o efeito é menor dado que a diferença na variação dos salários entre 2021 e 2022 é inferior à observada nos preços do consumidor”.
Ainda no caso do IRS, diz o BdP que “este efeito mitiga o impacto da progressividade do imposto”. Para este ano, o estudo estima que o impacto do aumento da inflação seja ainda maior do que em 2022, devido à evolução dos salários e do deflator do Produto Interno Bruto (PIB).
A taxa de inflação foi de 7,8% em 2022, o valor mais elevado em 30 anos, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este ano, o BdP prevê que a taxa de inflação seja de 5,2%.
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