BPI trava venda de banco em Angola devido à desvalorização do kwanza
BPI tinha dois interessados na aquisição do BFA, mas travou processo de venda devido à depreciação da moeda angolana. Kwanza desvaloriza mais de 40% este ano.
Com dois interessados na corrida, o BPI suspendeu a venda da posição de 48,1% que detém no Banco de Fomento Angola (BFA) devido à desvalorização da moeda angolana, o kwanza, avança o Jornal de Negócios (acesso livre).
O banco português já comunicou a sua decisão, que tem efeitos imediatos, aos dois grupos que tinham apresentado propostas, os angolanos da Carrinho e os britânicos da Gemcorp, assim como aos assessores envolvidos na operação.
Há anos que o BPI procura sair do mercado angolano por pressão do Banco Central Europeu (BCE). O banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa tinha recentemente mandato a Exotix, uma boutique especializa em operações de M&A em África, para concretizar a alienação da sua participação financeira no BFA, tendo definido como valor mínimo 411 milhões de euros. O acionista maioritário é a Unitel, com 51,9% do capital do banco angolano.
Atualmente, um kwanza vale 0,0011 euros (0,11 cêntimos), depreciando mais de 40% este ano.
O ECO contactou o BPI sobre a suspensão do negócio, mas não obteve ainda uma resposta.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
BPI trava venda de banco em Angola devido à desvalorização do kwanza
{{ noCommentsLabel }}