Medina antecipa que dívida pública caia mais do que o previsto este ano, ficando abaixo de 107% do PIB

Programa de Estabilidade apontava para dívida pública de 107,5% do PIB este ano. Agora, o ministro das Finanças diz que deverá ficar abaixo dos 107%. Crescimento também pode ser mais alto que 1,8%.

O ministro das Finanças está mais otimista com a evolução das contas públicas este ano, estimando agora que a dívida pública fique abaixo dos 107% do PIB. No Programa de Estabilidade, apresentado em abril, Fernando Medina inscreveu uma projeção para este rácio de 107,5% para este ano, ficando abaixo de 100% em 2025.

A nova estimativa foi avançada numa entrevista à Bloomberg (acesso pago), onde o ministro sinaliza que “provavelmente terminaremos 2023 com um peso da dívida no PIB menor do que Espanha, França e provavelmente a Bélgica”.

A dívida não é a única rubrica que deverá ser melhor que as previsões: no Programa de Estabilidade, Medina estimava um crescimento da economia de 1,8% para este ano, mas agora já admite que poderá ser mais elevado. Várias instituições já fizeram a mesma assunção, tendo revisto em alta as previsões económicas nos últimos meses.

A Comissão Europeia prevê um crescimento do PIB português de 2,4% em 2023, a OCDE de 2,5%, o FMI de 2,6% e o Banco de Portugal de 2,7%, sendo até agora o mais otimista.

Apesar destas perspetivas mais animadoras, o ministro das Finanças português não deixa de alertar para o impacto de mais subidas de juros por parte do Banco Central Europeu, que diz colocar o crescimento da Zona Euro em risco. Para Medina, o aperto até agora ainda não foi totalmente absorvido e a inflação já mostra sinais de abrandamento (a taxa homóloga em Portugal abrandou para 3,4% em junho, confirmou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística).

“Os riscos de que novos aumentos possam criar uma situação mais difícil para o crescimento na Europa agora são mais elevados e devem ser vistos com muito cuidado”, alertou o ministro das Finanças.

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