Hotelaria de Lisboa garante disponibilidade e rejeita preços exorbitantes na JMJ
O presidente da Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal que ainda há disponibilidade na hotelaria em Lisboa para a JMJ e rejeitou que estejam a praticar preços exorbitantes.
O presidente da Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal (ADHP) garantiu esta sexta-feira que ainda há disponibilidade na hotelaria em Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e rejeitou que estejam a praticar preços exorbitantes.
“Posso garantir que ainda temos disponibilidade na cidade, embora se crie uma especulação de que estamos a vender a preços exorbitantes e que estamos completamente cheios, […] posso garantir que não é tanto assim, até porque eu sou diretor de uma das unidades que está muito próxima da JMJ”, afirmou Fernando Garrido, num encontro com jornalistas para apresentar o próximo congresso da ADHP, que vai decorrer em Aveiro, nos dias 21 e 22 de março de 2024.
O responsável da associação defendeu ainda que a grande mais-valia do evento religioso é a recuperação de um espaço que estava inutilizado e que vai ser “extremamente importante” para a cidade, referindo-se à zona do Parque Tejo junto ao rio Trancão, em Lisboa.
Quanto às reservas de última hora, Fernando Garrido assegurou que a hotelaria está preparada para acolher uma ocupação “muito regular a um nível muito alto”, sinalizando que o problema da falta de recursos humanos no setor está a ser este ano menos significativo do que em 2022.
Já o presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, também presente no encontro, disse que está a acontecer uma “histeria coletiva” e que “é preciso relativizar” a situação, lembrando que Fátima recebe em média seis milhões de visitantes por ano e, por isso, a única contingência da JMJ é ter os peregrinos concentrados num curto espaço de tempo.
A entidade turística do Centro do país estima que a visita do Papa Francisco acrescente em média 400.000 dormidas na região, à semelhança do que aconteceu em 2017. Pedro Machado sinalizou ainda que, ao nível das famílias de acolhimento, são esperados 20.000 jovens na região centro, espalhados entre Aveiro, Coimbra, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Leiria.
Também o presidente executivo do Grupo Hoti Hotéis, Miguel Proença, considerou que a JMJ, que irá decorrer em Lisboa, de 1 a 6 de agosto, não está a ser encarada pelo grupo como uma “tábua de salvação”, uma vez que, pelo tipo de alojamento que habitualmente mobiliza, não tem um impacto tão expressivo na hotelaria, embora considere que são eventos de extrema importância em termos de imagem do país.
Relativamente ao próximo congresso da ADHP, são esperados entre 700 e 750 participantes em Aveiro, para debater, entre outros, os temas da falta de recursos humanos e dos dados analíticos relacionados com as reservas, bem como para a habitual entrega dos Prémios Xénios, divindade grega da hospitalidade, para distinguir os profissionais do setor que se destacaram durante o ano.
O presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, congratulou-se pela parceria com a APDH para acolher o congresso na cidade que será Capital Portuguesa da Cultura em 2024.
“A atividade económica é geradora de cultura, o turismo tem, de facto, um contributo absolutamente notável para a dupla vida dos seus efeitos: por um lado, puxar pela autoestima das comunidades, […] e a outra dimensão mais conhecida que são os efeitos económicos diretos e indiretos”, apontou o autarca.
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