Do controlo de fronteiras ao espaço aéreo condicionado. Estas são as medidas do plano do Governo para a JMJ

Controlo das fronteiras, espaço aéreo condicionado e reforço das redes de comunicação de emergência. Conheça as medidas do plano de mobilidade e segurança para a Jornada Mundial da Juventude.

As redes de comunicação de emergência vão ser reforçadas, vai haver controlo terrestre de fronteiras de 22 julho até 5 de agosto, e o espaço aéreo estará condicionado durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que traz o Papa e milhares de peregrinos a Lisboa. As medidas fazem parte do plano de segurança para este evento e foram avançadas, esta sexta-feira, pelo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro.

“O controlo do espaço aéreo assume um particular relevo. Nesse sentido serão implementadas e estão planeadas medidas de controlo e de gestão do espaço aéreo, em especial a criação de quatro zonas de exclusão aérea em Lisboa e Fátima, e limitações de exploração de 23 aeródromos. Os voos comerciais nos aeroportos de Lisboa e Cascais estão permitidos”, avançou. Ainda assim, advertiu, terão de “cumprir as regras” determinadas pelas autoridades durante este evento da Igreja Católica que decorre de 1 a 6 de agosto, em Lisboa.

Durante a apresentação das linhas gerais plano de mobilidade para a JMJ, Paulo Vizeu Pinheiro adiantou que foi “identificada a necessidade de aumentar a resiliência das redes de comunicações de emergência“, numa altura em que são esperados mais de um milhão de peregrinos. Elencou, por isso, o reforço da capacidade de exploração das redes móveis nas zonas do recinto e noutros locais de aglomeração de pessoas. Além de serem providenciados 500 números de telemóvel prioritários para controlo e comando, assim como estarão envolvidos 16 mil elementos das forças de segurança, proteção civil e emergência médica.

O controlo do espaço aéreo assume um particular relevo. Nesse sentido, serão implementadas e estão planeadas medidas de controlo e de gestão do espaço aéreo, em especial a criação de quatro zonas de exclusão aérea em Lisboa e Fátima, e limitações de exploração de 23 aeródromos.

Paulo Vizeu Pinheiro

Secretário-geral do Sistema de Segurança Interna

“São inúmeras as medidas de segurança desenhadas para que este evento possa ser um sucesso e, dentro deste capítulo, a mobilidade rodoviária que se prevê ser a mais utilizada pelos peregrinos”, revelou o governante. “Será montada operação de grande escala que integra PSP, GNR, INEM, Autoridade de Emergência e Proteção Civil, corpos de bombeiros, Infraestruturas de Portugal e Brisa“, completou.

Nas fronteiras, o controlo de documentação será seletivo e com base em indicadores de risco. Segundo o responsável, serão autorizados 21 pontos de passagem. O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna assegurou que, durante o decurso deste evento de visita do Papa Francisco a Lisboa, haverá o “mínimo impacto” na população e nos peregrinos, envolvendo várias entidades das áreas da segurança e proteção civil.

A segurança está garantida também com a colaboração das Forças Armadas, das polícias espanhola, europeia (Europol) e internacional (Interpol). “Hoje tivemos, de manhã, uma reunião do gabinete coordenador de segurança com a presença dos ministros da justiça e da administração interna que aprovaram o plano global de segurança, tendo ouvido 14 apresentações dos programas setoriais operacionais (de natureza reserva)”, avançou o embaixador.

“Portugal demonstrará, mais uma vez, que perante um desafio de um evento desta natureza estaremos à altura de receber e garantir as condições para que todos sintam que Portugal tornou possível esta JMJ e garantiu que tudo o que estava ao nosso alcance foi feito”, avançou a ministra-adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, antes da apresentação do plano de segurança.

Durante esta sessão foi ainda apresentado o plano de mobilidade para a JMJ que prevê uma panóplia de medidas para os dias da JMJ, como o reforço de lugares ao nível do transporte rodoviário, e uma série de supressões e fecho de estações de metro e de comboio.

Conheça o plano de mobilidade para a JMJ

  • Passe do peregrino” para incentivar o uso do transporte público. Este será comparticipado a 40% pelo Governo.
  • Reforço da oferta de transporte rodoviário em 110 mil lugares, entre os dias 1 e 4 de agosto e de 429 mil lugares nos dias 5 e 6. No metro e metro de superfície serão disponibilizados 143 mil lugares do que o habitual de 1 a 4 de agosto, assim como mais 154 mil nos dias 5 e 6 de agosto.
  • Comboios: acréscimo de 90 mil assentos nos primeiros quatro dias e de 170 mil nos últimos dois.
  • Transporte marítimo será reforçado em 2.000 lugares, nos dias 1 e 4 de agosto, e 27.000 lugares a 5 e 6 de agosto.
  • Parques de estacionamento dos autocarros na zona ribeirinha do Parque Tejo, no concelho de Loures, na Alta de Lisboa – 840 lugares distribuídos por quatro lotes.
  • De 1 a 4 de agosto as estações de metropolitano da Avenida, Marquês de Pombal, Parque e Restauradores estarão encerradas.
  • As estações de comboio da CP de Moscavide, Sacavém, Bobadela e Santa Iria também serão fechadas a 5 e 6 de agosto.
  • A Carris também terá mudanças: supressão ou alteração de percurso das carreiras 1704, 1716, 1723, 1724, 1725, 1726, 1728, 1729, 1730, 1733, 3709 e 3715. Será ainda relocalizado, de 1 a 6 de agosto, o terminal do Marquês de Pombal da Carris Metropolitana.

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