Já só nove países têm rating AAA pela Fitch. Sete são europeus
Após corte na notação soberana dos EUA pela Fitch, para AA+, há menos países com a nota de crédito máxima. A maioria são europeus.
Com a decisão da Fitch de cortar a notação soberana dos EUA, para AA+, diminui o conjunto de países que têm a nota de crédito máxima por esta agência de notação financeira. São apenas nove, sendo que a grande maioria são Estados europeus. A notação ‘triple A’ para os EUA apenas é mantida pela Moody’s e pela DBRS.
Isto já que a S&P já tinha cortado a notação dos EUA em agosto de 2011, para ‘AA+’ de AAA, ou seja, para o segundo nível da escala. Seguiu-se agora a Fitch, que explicou que a revisão em baixa reflete a expectativa de uma deterioração orçamental nos próximos três anos, um aumento do endividamento e ainda uma erosão da governança em relação aos pares.
O conjunto de países com a nota máxima por todas as principais agências fica assim reduzido a nove, dos quais sete são europeus: Alemanha, Dinamarca, Países Baixos, Suécia, Noruega, Suíça, Luxemburgo. A estes, juntam-se também Singapura e Austrália.
As preocupações sobre os efeitos da queda na notação dos EUA nos restantes países serão prematuras, segundo indicam analistas citados pela Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês). “Cada país é diferente, tem o seu próprio padrão de crescimento – as próprias estruturas de impostos e gastos, de modo que não sugere nenhum contágio para outros países”, disse o economista sénior Mickey Levy.
Quanto ao impacto para os EUA, esse já será maior. Como destaca a corretora XTB, numa nota enviada às redações, este passo “é importante, especialmente para as obrigações, uma vez que alguns fundos são obrigados a deter apenas obrigações com notação AAA, o que significa que a descida da notação poderia desencadear um sell-off nas obrigações americanas”.
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