Portugueses começaram a sair do Níger
Um avião francês vindo do país africano transportava 262 pessoas retiradas do Níger, entre as quais cinco portugueses. Governo português confirmou, para já, a retirada de um cidadão nacional.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português anunciou esta quarta-feira já foi retirado pelo menos um dos nove portugueses que se encontram registados no Níger, palco de um golpe de Estado.
Em resposta à agência Lusa, o MNE português disse que “continua a acompanhar a situação no Níger através da embaixada de Portugal em Abuja, e em articulação com a delegação da União Europeia (UE) em Niamey. “Portugal está em contacto estreito com os parceiros europeus no sentido de operacionalizar a retirada em segurança dos nacionais que têm intenção em sair do país”, prossegue a informação.
Dos nove cidadãos nacionais que se encontravam confirmados pelas autoridades portuguesas naquele país, “com funções em organizações europeias e empresas privadas”, um deles já foi retirado e prossegue “a operação relativamente à retirada dos restantes”.
Na madrugada desta quarta-feira chegaram a Paris as 262 pessoas retiradas do Níger pelo avião francês vindo do país africano, entre as quais cinco portugueses, desconhecendo-se se fazem parte do grupo identificado pelas autoridades portuguesas.
A ministra francesa dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, afirmou que “há 262 pessoas a bordo do avião, um Airbus A330, incluindo uma dúzia de crianças”, sendo “quase todos os passageiros” de nacionalidade francesa, escreve a agência de notícias France Presse (AFP).
O voo transportou igualmente cidadãos portugueses, além de nigerianos, belgas, etíopes e libaneses, segundo a informação prestada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de França à imprensa presente no aeroporto de Roissy. O voo aterrou no aeroporto Paris-Roissy Charles de Gaulle pouco depois da 1h30 local (00h30 em Lisboa).
O golpe de Estado no Níger, liderado pelo general Abdourahamane Tiani, foi condenado pela comunidade internacional, nomeadamente os Estados Unidos e a União Europeia, que considera o país um baluarte essencial da estabilidade volátil da região do Sahel, tendo suspendido a ajuda orçamental a Niamey e alertado que poderia impor novas sanções.
Os países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que iniciam esta quarta-feira uma reunião de três dias, em Abuja, na Nigéria, para discutir a situação nigerina, reunidos numa cimeira extraordinária no domingo passado, também condenaram o golpe e deram uma semana aos responsáveis para restaurar o presidente deposto Mohamed Bazoum, sob pena de recorrerem à força.
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