Portugueses reforçam confiança nos fundos de investimento

Os fundos de investimento voltaram a ter subscrições líquidas positivas no primeiro semestre. Os principais responsáveis por estes números são os fundos de curto prazo e os fundos de obrigações euro.

Os fundos de investimento voltaram a ganhar destaque na carteira dos investidores nacionais. De acordo com dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), as subscrições líquidas de fundos de investimento mobiliários (FIM) nacionais foi de quase 240 milhões de euros no primeiro semestre, com o volume de subscrições a superar em 15% o volume de resgates.

Além de tratar-se do segundo melhor resultado dos últimos seis anos na indústria, acontece após o primeiro semestre do ano passado ter registado subscrições líquidas negativas de 426 milhões euros, com as subscrições a ficarem 8% abaixo dos resgates.

Há margem nestes números, não é irrelevante o desempenho das bolsas, que este ano apresentam um comportamento bem diferente do registado no ano passado. O índice de ações global MSCI World, por exemplo, se no primeiro semestre de 2022 afundou 18% (em euros), este ano contabilizou ganhos de 15% no mesmo período.

A APFIPP revela que, no final do primeiro semestre, o valor dos ativos geridos pelos FIM ascendeu a 18,1 mil milhões de euros, mais 4,5% face ao valor registado em junho de 2022 e mais 5,6% face a dezembro de 2022.

Entre as categorias de fundos com uma quota de mercado acima de 5%, as que mais têm crescido este ano são os fundos de curto prazo e os fundos de obrigações euro, que contabilizam até à data um aumento de 17,9% do volume de ativos sob gestão. “Desde o início do ano, a categoria com maior saldo líquido de subscrições e resgates é, igualmente, a dos fundos de obrigações euro, com 314,5 milhões de euros, seguida pela dos Fundos de Curto Prazo Euro, com 139,0 milhões de euros”, destaca ainda a APFIPP e, comunicado.

Os fundos Plano Poupança Reforma (PPR), que continua a ser a categoria com maior volume de ativos sob gestão – 3,7 mil milhões e euros – registou uma subida de 2,6% no primeiro semestre deste ano, depois de no mesmo período do ano passado caíram 14,2%.

A APFIPP revela ainda que, no primeiro semestre deste ano, a sociedade gestora com maior volume de ativos sob gestão continuou a ser a Caixa Gestão de Ativos com mais de 6,5 mil milhões de euros, que se traduziu numa quota de mercado de 36%.

Mas aquela que mais tem crescido este ano tem sido a Casa de Investimentos, contabilizando um aumento de 42,2% do volume de ativos sob gestão (cerca de 19 milhões de euros) nos primeiros seis meses do ano, “enquanto que, em termos absolutos, o maior aumento pertence à IM Gestão de Ativos, com 278,9 milhões de euros (7,7%).”

O comunicado da APFIPP conclui ainda que, desde o início do ano, a IM Gestão de Ativos é também a sociedade gestora que regista o maior volume de subscrições líquidas positivas, totalizando 191,8 milhões de euros, seguida pela Santander Asset Management, com 191,3 milhões de euros, e pela Bankinter Gestion Activos – Suc. Portugal, com 18,3 milhões de euros.

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