Cabaz IVA zero fica mais caro, após duas semanas a descer
Deco revela que o cabaz IVA zero ficou dois euros mais caro na última semana, quebrando um ciclo de duas semanas a descer. Pescada fresca, ervilhas e brócolos entre os produtos que mais subiram.
Após duas semanas a descer, o preço de um cabaz de bens essenciais, de um conjunto de produtos alimentares abrangidos pelo IVA zero, voltou a ficar mais caro, tendo aumentado dois euros face à semana anterior, passando a custar 128,34 euros, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).
Em causa está a monitorização de 41 dos 46 alimentos – que incluem peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga –, que desde 18 de abril passaram a estar isentos de IVA, na sequência do acordo tripartido entre Governo, distribuição e produção.
Na última semana, isto é, entre 2 e 9 de agosto, o custo do cabaz IVA zero monitorizado pela Deco aumentou dois euros (1,58%), passando a custar 128,34 euros face aos 126,34 euros estimados na semana anterior, a 2 de agosto.
Não obstante, se a comparação for feita com o dia anterior ao arranque da medida, a 17 de abril, a diferença é expressiva: no espaço de mais de três meses, este cabaz ficou 10,43 euros mais barato, o que se traduz numa quebra de 7,53%.
De notar, que esta quinta-feira, o INE confirmou que a inflação abrandou para 3,1% em julho, à boleia do “decréscimo de preços verificado na classe dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”.
Pescada fresca e ervilhas sobem mais de 10% numa semana
Na última semana, a pescada fresca foi o produto que mais subiu de preço, tendo disparado 19% (1,56 euros) face à semana anterior. Seguem-se as ervilhas ultracongeladas (+12%), os brócolos, o arroz carolino e a laranja (todos +6%), a perna de peru e a curgete (ambos +5%), o bacalhau graúdo e a batata vermelha (+4%) e as massas espirais.
Já em termos de categorias de produtos, os laticínios foram produto que mais beneficiou com a entrada em vigor desta medida, dado que uma cesta deste produto recuou 11,15% (menos 1,57 euros), passando a custar 12,52 euros. Segue-se a mercearia cujo preço baixou 10,69% (menos 2,38 euros), passando a custar 19,91 euros; os congelados; que recuaram 10,11% (menos 36 cêntimos), para 3,23 euros; o peixe, que desceu 9,6% (menos 3,35 euros), para 31,52 euros; a carne, que desceu 6,42% (menos 2,63 euros) para 38,26 euros; e, por fim, as frutas e legumes, cuja cesta recuou 0,58% (menos 13 cêntimos), passando a custar 22,89 euros.
Paralelamente, a Deco faz ainda a monitorização ao habitual cabaz de bens essenciais, que engloba 63 produtos e que inclui alguns produtos também abrangidos pelo IVA zero. Mas ao contrário do cabaz IVA zero, o preço deste cabaz voltou a descer pela terceira semana consecutiva. Só na última semana, o cabaz de bens alimentares ficou 46 cêntimos mais barato, passando a custar 210,54 euros. Já, desde o início deste ano ficou 7,42 euros mais barato (-3,4%).
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