Carlos Moedas “capitalizou” Jornada Mundial da Juventude e irritou Governo
Notoriedade do autarca lisboeta durante a JMJ causou desconforto dentro do Governo, tendo havido instruções para os governantes manterem a visibilidade para que Moedas não ficasse com o palco todo.
O presidente da Câmara de Lisboa foi um dos principais protagonistas políticos durante a Jornada Mundial da Juventude, que decorreu entre 1 a 6 de agosto em Lisboa. A notoriedade causou desconforto dentro do Governo, tendo havido instruções para os governantes manterem a visibilidade de modo que Carlos Moedas não ficasse com o palco todo, segundo o Expresso (acesso pago).
De acordo com o semanário, o autarca lisboeta apostou fortemente na comunicação, tendo tido seu dispor serviços e funcionários da câmara, uma unidade de missão contratada só para a JMJ, incluindo um coordenador para a área da comunicação, e uma agência de comunicação externa. Nesse âmbito, a cerca de um mês da JMJ, a Câmara contratou a Hill+Knowlton Strategies (H+K), para ficar responsável pela “conceptualização e execução de campanhas”. O contrato custou cerca de 35 mil euros e termina a 15 de agosto.
Por outro lado, no segundo semestre de 2022, a autarquia já tinha contratado a Feeders por cerca de 54 mil euros para “serviços de conceptualização, produção, montagem, manutenção e desmontagem de materiais de comunicação e promoção volumétricas” para a JMJ. Além de um forte investimento na comunicação, o autarca lisboeta chegava, geralmente, aos locais dos grandes eventos com horas de antecedência, passeando entre os jovens muitas vezes na companhia de Marcelo Rebelo de Sousa. Segundo o Expresso, em Belém notou-se o protagonismo de Moedas, mas sobretudo pelo contraste com a ausência de Luís Montenegro. “O PSD pecou por não existir”, comenta-se no Palácio de Belém, notando a mesma fonte que “já não tem as relações com a Igreja que teve”.
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