China e seguros Não Vida fazem Ageas crescer 6% no 1º semestre
Mercados financeiros turbulentos levaram o grupo belga a um retrocesso nas receitas de seguros de Vida. Portugal contribuiu para um melhor desempenho nos ramos Não Vida.
O grupo belga Ageas, casa-mãe do Grupo Ageas Portugal, enfrentou os condicionalismos dos mercados financeiros e de taxas de juro no primeiro semestre deste ano com reflexos em resultados, segundo o relatório que agora apresentou. O grupo destaca o aumento das receitas em 6% face ao primeiro semestre de 2022 com os seguros Não Vida a crescer 11% e atingindo quase 600 milhões de euros de resultados operacionais, com uma expectativa de duplicar até ao final do ano. O retorno de capitais para os acionistas foi de 16,9%.
Com dois terços do seu negócio proveniente dos seguros de Vida, a operação na China conseguiu subir 12% o seu negócio, compensando quebras em outros mercados levando a que todo o ramo Vida aumentasse, no conjunto apenas 4%. Os ramos Não Vida subiram 11% em receitas.
Os resultados operacionais baixaram 16% para 531 milhões de euros face ao primeiro semestre do ano passado, com quebras de 60% na área Europa, que inclui Portugal, de -23% na Ásia e de -11% na Bélgica.
A parte portuguesa da Ageas mereceu destaque no relatório global do grupo que está presente em 14 países. No primeiro semestre a Bélgica significou 27,5% das 9,262 mil milhões de euros de receitas e, sendo a China o mercado com maior peso no grupo com quase 40% do negócio total. Portugal é o terceiro maior com 7,6%.
O negócio português que inclui a Ocidental Vida, Ageas Vida, Ageas Seguros, Médis e Seguro Directo, registou no primeiro semestre, uma queda das receitas do ramo Vida de mais de 60% para 191 milhões de euros. No entanto, subiu 13% nos ramos Não Vida sendo este desempenho notado no relatório consolidado da casa-mãe, apesar do aumento dos custos com sinistros no ramo Saúde ter contribuído decisivamente para um decréscimo de 13 milhões de euros nos resultados operacionais da divisão europeia.
O grupo Ageas tem sede na Bélgica e tem como principais acionistas a Fosum com 10,2%, a Société Fédérale de Participations et d’Investissement (SFPIM) – que é o fundo soberano da Bélgica – com 6,4%, a gestora de fundos BlackRock e a seguradora portuguesa Fidelidade, também participada do grupo Fosun, com 1,1%.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
China e seguros Não Vida fazem Ageas crescer 6% no 1º semestre
{{ noCommentsLabel }}