Agendas Mobilizadoras são “extraordinário tónico” para a confiança do país, diz Costa
O primeiro-ministro destacou que estes projetos mobilizarem grandes, pequenas e médias empresas “nos mesmos consórcios”, que propõem não apenas mais investimento, mas “centenas de novos produtos".
O primeiro-ministro considerou esta quarta-feira que as Agendas Mobilizadoras, que vão permitir um investimento de sete mil milhões de euros no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, representam um “extraordinário tónico” para a confiança do país.
“Muitíssimo obrigado por esta viagem ao futuro que foi um extraordinário tónico para a nossa confiança, porque o que nós fizemos aqui hoje foi procurar antecipar o que é que vão entregar ao país, o que é que vão entregar à economia nacional, o que é que vão entregar aos portugueses até dezembro de 2025”, disse António Costa, em Leiria.
O chefe do executivo discursava na sessão de encerramento do encontro de apresentação de projetos das Agendas Mobilizadoras, no âmbito da iniciativa “Governo + Próximo”, que decorre hoje e na quinta-feira no distrito de Leiria.
As Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial são investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), financiado pelos fundos europeus do principal instrumento extraordinário de resposta da União Europeia à pandemia de covid-19, o Next Generation EU. São projetos em parceria entre empresas, universidades, centros tecnológicos e entidades públicas.
Reiterando que o país “recuperou bem da pandemia, melhor do que seguramente” todos pensavam quando se desenhou o PRR, António Costa realçou que hoje, na generalidade dos setores, se está “a crescer acima do nível” do de 2019. “Só o ano passado as empresas investiram em Portugal 32 mil milhões de euros, bastante mais que os sete mil milhões de euros que o conjunto destas Agendas representa”, declarou, reconhecendo que as Agendas Mobilizadoras são importantes não “pelo montante do investimento que implicam”, mas pela “metodologia de trabalho” que representam.
A este propósito assinalou o facto de se ter “deixado de falar, sistematicamente, que era necessário aproximar as empresas do sistema científico e tecnológico para, de uma vez por todas, as empresas e o sistema científico e tecnológico estarem juntas na mesma mesa e no mesmo projeto”.
Por outro lado, o primeiro-ministro destacou que estes projetos mobilizarem grandes, pequenas e médias empresas “nos mesmos consórcios”, que propõem não apenas mais investimento, mas “centenas de novos produtos, de novos processos ou de novos serviços”, além da “criação de 18 mil novos postos de trabalho, 11 mil dos quais altamente qualificados”.
Segundo António Costa, “isto é um grande resultado, mas é, sobretudo, um enorme treino para o futuro”, propondo aos presentes a realização destes encontros com periodicidade semestral, o próximo já em março, pois mais iniciativas como esta significam “mais sinergias” e têm um efeito inspirador e de contágio.
“Não tenho a menor das dúvidas que, se foi muito original esta experiência das Agendas Mobilizadoras neste PRR, este vai ser o novo normal do acesso aos financiamentos e aos fundos comunitários na próxima época de programação após 2027”, adiantou, satisfeito por o país ter começado a “treinar” cedo neste âmbito.
De acordo com o primeiro-ministro, “ainda bem” que se vai “ganhar, ao longo destes anos, o ‘know-how’ necessário e a capacidade de transmitir a informação àqueles que, em 2027, vão ter de estar prontos para ir ao mercado recolher fundos com base nestas novas metodologias”.
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