Corretora AFL condenada a pagar 6,12 milhões

  • ECO Seguros
  • 28 Setembro 2023

O fundador Alec Finch e o seu filho Bob Finch foram considerados culpados de apresentar uma "imagem falsa" da corretora AFL, o que resultou numa condenação de 6,12 milhões de libras em danos.

O fundador da corretora AFL, Alec Finch, e seu filho, Bob Finch, ex-CEO da AFL, são culpados de apresentar uma “imagem falsa” das condições financeiras da corretora antes da venda, em 2017, de uma participação de 58% nos negócios para a Next Generation Holdings Limited, um veículo de investimento do ex-CEO da corretora Cooper Gay, Toby Esser.

Emails provam “incursões descaradas” nas contas de clientes, das quais Alec Finch, fundador da corretora “estava ciente e concordava”.

No momento da revelação, existia um défice de fundos de clientes de 3,5 milhões de libras esterlinas, facto sobre o qual ambos os envolvidos tinham conhecimento e, pelo menos em parte, foram responsáveis, segundo as conclusões do juiz encarregue do caso. Além disso, verificou-se que existiam exageros nas quantias devidas à AFL na lista de devedores fornecida antes da venda. As alegações de fraude vieram a luz pela primeira vez em 2020, quando o diretor financeiro da AFL, Chris Gagg, descobriu que os registos de receitas tinham sido incorretamente anotados em documentos financeiros da empresa, de acordo com as provas judiciais. Chris Gagg substituiu o ex-diretor financeiro da AFL, Keely Dalfen, cerca de um ano após a venda da participação para a NGHL, conforme anotado na sentença.

Emails provam “incursões descaradas” nas contas de clientes, das quais Alec Finch estava ciente e concordava, enquanto a empresa tentava cobrir os défices salariais e pagar uma dívida fiscal em atraso, de acordo com os documentos. Numa troca de e-mails entre Alec Finch e Dalfen, datada de 2011, na qual ambos concordaram em usar fundos de clientes quando a empresa não tinha liquidez suficiente para cobrir despesas, o último assinou: “este email vai autodestruir-se em 5 minutos”. O juiz afirma que existem “evidências claras e detalhadas” de que dados falsos foram usados como mecanismo para utilizar os fundos dos clientes. Além disso, o juiz chegou à “clara conclusão” de que houve representação fraudulenta em relação aos devedores da AFL antes da venda, e concluiu que Esser tinha sido influenciado por essas representações durante o acordo.

Antes da descoberta das fraudes e do subsequente processo judicial, a NGHL fez múltiplos aportes de capital adicionais no negócio, após o seu investimento inicial. Foram adicionados 1,88 milhão de libras em 2018, 386.780 em 2019 e 316.753 de libras em abril de 2020. “Representam, na minha opinião, perdas consequentes da NGHL causadas pela transação”, concluiu o juiz HHJ Johns KC. “São somas pagas pela NGHL para financiar um negócio que foi induzido por fraude”. O juiz determinou que os culpados devem pagar 6,12 milhões e libras em danos.

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