Retomar voos com Lisboa permite aumentar rotas a Moçambique, indica a LAM
“Fazendo voos para Lisboa estaremos a aumentar os nossos tentáculos de rotas, pois a partir de Maputo e Lisboa nós poderemos servir os nossos passageiros para outras capitais mundiais”, refere LAM.
O diretor de operações das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) disse esta sexta-feira que a retoma de voos de Maputo para Lisboa vai aumentar o número de rotas da companhia moçambicana, considerando os laços históricos “muito fortes” entre os dois países.
“Fazendo voos para Lisboa estaremos a aumentar os nossos tentáculos de rotas, pois a partir de Maputo e Lisboa nós poderemos servir os nossos passageiros para outras capitais mundiais”, disse Hilário Tembe, em Inhambane, à margem da cerimónia que marca a retoma da ligação direta entre a cidade de Inhambane e Joanesburgo, na África do Sul, país vizinho.
O responsável considerou histórica a ligação entre Moçambique e Portugal, referindo que naquele país africano encontra-se grande parte da comunidade portuguesa, assim como a moçambicana no país europeu. “[Com a retoma] teremos capacidade de oferecer bilhetes corridos aos nossos passageiros até ao destino final”, referiu Tembe, fazendo menção ao facto de partirem de Lisboa muitos voos para todas as capitais europeias, entre outros destinos.
A moçambicana LAM prevê retomar, em 20 de novembro, os voos de Maputo para Lisboa, anunciou anteriormente o administrador da empresa sul-africana que o Governo de Moçambique colocou desde abril a gerir a companhia de bandeira. “Estamos a prever retomar essa rota a 20 de novembro. É vital e vai mudar o rosto da companhia”, afirmou em 14 de setembro, num encontro com jornalistas, em Maputo, o diretor-executivo da sul-africana Fly Modern Ark (FMA), Theunis Crous.
A LAM já tinha assumido anteriormente que está empenhada em obter as devidas autorizações para utilizar o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e horários de gestão de ‘slot’, para onde deixou de voar desde 2012, tendo então perdido essas licenças.
Theunis Crous acrescentou que a companhia já negociou também o aluguer de um Boeing 737 cargueiro, apenas para tratar do transporte de carga dentro do país e para o exterior, nomeadamente para a África do Sul, esperando colocar ao serviço um segundo seis meses depois. “É uma oportunidade que pode tornar a companhia rentável. O transporte de carga é um negócio muito rentável”, insistiu.
Theunis Crous referiu igualmente que a FMA já mobilizou 15 milhões de dólares (14 milhões de euros) de financiamentos para a operação atual da LAM, que está a ser alargada, com novas rotas e aeronaves, o que se traduz num aumento de passageiros, 57 mil atualmente, face à média anterior de 46 mil mensais.
A estratégia em curso, de revitalização da empresa, segue-se a anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.
A LAM pretende duplicar a frota de aeronaves, passando a contar com pelo menos 22 aviões até 2027. “Nos próximos anos a entrada de aviões vai ser muito massiva”, disse, em Inhambane, Hilário Tembe, à margem da cerimónia que marca a retoma da ligação direta entre a cidade de Inhambane e Joanesburgo, na África do Sul, país vizinho.
Segundo o diretor de operações da LAM, a companhia aérea moçambicana conta com um total de nove aeronaves e pretende-se adquirir mais três este ano para responder à retoma de ligações com países vizinhos e à introdução de novas rotas. “Este ano, provavelmente, somos capazes de terminar com 12 aviões (…) e depois o projeto é até final de 2027 metermos mais 10 aviões”, declarou Tembe.
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