REN responde a ativistas radicais. Apresenta queixa e defende investimento na economia verde
A empresa que gere as redes nacionais de transporte de energia apresentou queixa contra os ativistas radicais e salienta que Portugal está em 4º lugar na lista dos países com mais produção renovável
A REN (Redes Energéticas Nacionais) apresentou queixa criminal e civil contra os responsáveis pelos atos de vandalismo dos últimos dias na sede da companhia, e em comunicado, refere que a transição energética não pode ser feita com ruturas, mas com investimento “e esforços contínuos”. “Portugal está em quarto lugar na lista dos países europeus em que a produção renovável maior peso tem. Não vivêssemos com períodos de secas sucessivas e com o normal contributo da produção hídrica estaríamos certamente no pódio, porque já somos lideres em percentagem de energia com origem solar e eólica“, assinala a companhia liderada por Rodrigo Costa.
A sede da REN, recorde-se, foi alvo, em dois dias desta semana, de atos de vandalismo sob pretextos de defesa do planeta dos efeitos nocivos da queima de combustíveis fósseis. Para a equipa de gestão de Rodrigo Costa, “esta forma de manifestar convicções é criminosa, atenta contra pessoas e bens de forma perigosa e desrespeita as nossas liberdades e as leis que nos regem”. E põem em causa um debate “sobre um dos grandes desafios que a Humanidade enfrenta”.
“Foram as garantias de segurança no abastecimento dadas pela empresa [REN] aos decisores políticos que permitiram a antecipação do desligamento das centrais a carvão, de 2030 para 2022; E foram os investimentos contínuos nas infraestruturas que possibilitam os atuais níveis de incorporação média de renováveis no setor elétrico da ordem dos 60%”, lembra Rodrigo Costa em comunicado.
Assim, acrescenta a REN, “Portugal está em quarto lugar na lista dos países europeus em que a produção renovável maior peso tem (…) em 10 anos, a potência solar instalada aumentou quase sete vezes; em 2022, o total da potência renovável instalada representava quase o dobro da ponta de consumo registada no País“.
A REN refere que “a eletricidade de origem renovável está também a provocar uma diminuição do consumo de gás natural para produção elétrica, de 39% em 2023 face à média dos últimos 5 anos”. Ainda assim, a empresa que gere as redes de abastecimento nacional refere que “a segurança do abastecimento continua a ser fundamental dispor de gás natural como salvaguarda, caso as fontes renováveis não satisfaçam, por si só, todo o consumo nacional, como aconteceu com a seca de 2022”. Só a indústria absorve 2/3 do gás natural consumido no País, mas está em curso a descarbonização do setor do gás, através da sua substituição por hidrogénio.
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