Governo vai tirar Força Aérea da Portela e transferir jatos privados para Cascais
Executivo vai seguir sugestões da Comissão Técnica Independente para a Portela e retirar tráfego militar e voos executivos.
O Governo decidiu seguir as recomendações da Comissão Técnica Independente para libertar espaço no aeroporto Humberto Delgado e vai deslocalizar a área militar de Figo Maduro e desviar os jatos privados para o aeródromo de Cascais. A intenção consta do relatório do Orçamento do Estado para 2024.
“Estão a ser encetados procedimentos para melhorias estruturais no Aeroporto Humberto Delgado (AHD), que passam pela deslocalização da área militar de Figo Maduro (AT1) e a utilização dessa área para a operação civil“, refere o documento.
“Valorizando o tecido aeroportuário nacional, visa-se proceder à migração da aviação executiva do Aeroporto Humberto Delgado para o Aeródromo Municipal de Cascais, procurando a resultante melhoria do AHD, mas também a especialização do Aeródromo Municipal de Cascais no referido tráfego”, afirma a proposta.
Para libertar espaço em Cascais, o Governo vai “apostar na migração do tráfego de formação (…) para os demais aeródromos nacionais espalhados pelo país, procurando a dinamização desses polos aeroportuários e reforçar a coesão territorial”,
O Governo segue assim a recomendação feita pela Comissão Técnica Independente responsável pela Avaliação Ambiental Estratégica do novo aeroporto, que num relatório divulgado no início do mês propôs a “remoção do AHD de todo o tráfego não comercial” e redistribuição por outros aeroportos. Sugere também a construção de um terceiro terminal, direcionado para as companhias low cost.
O Governo justifica o desvio do tráfego militar e de jatos privados, “considerando os significativos constrangimentos existentes atualmente no Aeroporto Humberto Delgado (AHD)”, que tornam “premente implementar a adoção de diversas medidas, que passam pela reorganização do tráfego aéreo de forma mais eficiente, assim como a promoção de uma coordenação operacional eficaz, que permita uma melhoria e uma maior eficiência do AHD, considerando que esta infraestrutura terá de ser mantida até uma nova solução para a expansão aeroportuária da região de Lisboa ser decidida e concretizada”.
O relatório refere ainda que “do ponto de vista ambiental, no setor da aviação estão a ser efetuadas diligências que pretendem garantir que a indústria da aviação elétrica dê os primeiros passos em Portugal, pretendendo-se também incentivar a utilização de combustíveis renováveis de origem não biológica e combustíveis de carbono reciclado”.
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