Seguradores de Israel e Gaza à espera das resseguradoras
Destruição por causa de guerra não é novidade na região, mas as seguradoras de Israel e da Palestina esperam reações das resseguradoras. Segurar navios e aviões já está mais difícil e caro.
Prossegue desde sábado uma guerra destrutiva em Israel, agora principalmente no território palestiniano da faixa de Gaza. Os seguros começam a escassear e aumentar de preços e, segundo o jornal Times of Israel, o parlamento quer reforçar garantias de 5 mil milhões de dólares para as companhias aéreas EL Al, Arkia e Israir poderem continuara a voar.
As apólices das três transportadoras, estabelecidas com a estatal Inbal Insurance Company, terminavam em sete dias e com o tráfego internacional reduzido devido ao estado de guerra e, objetivamente, a bombardeamentos do movimento palestino Hamas no aeroporto Ben Gurion, o maior do país localizado próximo de Telavive, as companhias locais precisam de continuar a operar para permitir o regresso de nacionais a Israel. Entre eles soldados reservistas mobilizados para a guerra, que estavam fora do território.
Segundo o jornal Business Insurance, as seguradoras estão agora à espera das reações das resseguradoras internacionais, esperando desde já agravamento de condições comerciais quando da renovação dos contratos. O jornal cita Alaa El-Zoheiry, presidente da Insurance Federation of Egypt, que considera inevitável a aumento dos preços das coberturas de violência política, que inclui riscos de guerra interna e externa.
O aumento dos prémios já se tornou evidente. Segundo a Reuters os seguros marítimos de viagem por 7 dias na região aumentou desde sábado de 0,0125% do valor do navio para 0,15% ou mesmo 0,2%, um valor mais de dez vezes superior. Se um cargueiro de médio porte vale cerca de 30 milhões de dólares, um seguro por 7 dias em mares da região custava 375 mil dólares, hoje custará cerca de 6 milhões.
Israel tem um fundo de compensação. Palestina tem 10 seguradoras
O Estado de Israel constituiu nos anos quarenta o Compensation Fund, uma reserva financeira para catástrofes, que é parcialmente financiado pelo Estado e pela indústria seguradora. No entanto, cabe ao Estado compensar por danos resultantes de guerra e atos hostis o que inclui terrorismo.
Na Palestina existem 10 seguradoras ativas, de acordo com dados atuais da Capital Market Authority, também supervisor palestino dos seguros. Em 2022, o conjunto emitiu prémios no valor de quase 400 milhões de dólares, quase 70% do ramo automóvel. Seguros de saúde e acidentes de trabalho têm algum relevo, mas seguros de vida e de incêndio têm fraca expressão.
As seguradoras, todas com uma base na mais pacificada Cisjordânia, ocupado por Israel em quase toda a sua área, e que com Gaza forma os dois territórios separados da Palestina, registaram 254 milhões dólares de custos com sinistros em 2022, tendo Gaza registado 14 mil participações do total de 612 mil registadas pelas seguradoras. Em 2023 registará, certamente, muito mais.
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