Sequoia Capital e VC cancelam participação na Web Summit após declarações de Cosgrave sobre Israel

Líderes de tecnológicas estão também a anunciar que não vão participar na cimeira tecnológica depois de Cosgrave ter classificado resposta de Israel aos ataques do Hamas "crimes de guerra".

Depois de Israel boicotar a participação na Web Summit em Lisboa, fundos de investimento como a Sequoia Capital ou a Y Combinator estão a anunciar que não vão estar presentes na cimeira tecnológica reagindo à posição de Paddy Cosgrave sobre o conflito que eclodiu na região depois dos ataques do Hamas.

Investidores como Garry Tan (Y Combinator) e Ravi Gupta (Sequoia Capital) já anunciaram que não vão participar na cimeira em novembro, noticiou a Bloomberg, que refere ainda que investidores como Alex Rampell (partner da capital de risco Andreessen Horowitz) tomaram a mesma posição depois de, nas redes sociais, o fundador da cimeira tecnológica ter classificado a resposta de Israel aos ataques do Hamas como “crimes de guerra”.

“Recuso-me a participar na Web Summit e vou cancelar a minha participação”, disse Garry Tan, uma publicação na rede social X (ex-Twitter).

 

Fundadores e líderes de empresas tecnológicas estão igualmente a cancelar a sua participação na cimeira, prevista para meados de novembro, em Lisboa. É o caso de OriGoshen (co-CEO na AI21Labs), Keith Peiris (CEO da Tome), David Marcus (CEO da Lightspark e antigo CEO da PayPal) ou Adam Singolda (da Taboola), lista a Yahoo! Finance.

Na segunda-feira, o embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira, anunciou na rede social X que o país não ia participar na cimeira tecnológica depois das “declarações ultrajantes” de Cosgrave sobre o conflito na região.

“Mesmo nestes tempos difíceis, ele (Paddy Cosgrave) é incapaz de pôr de lado as suas opiniões políticas extremistas e de denunciar as actividades terroristas do #Hamas contra pessoas inocentes. Dezenas de empresas já cancelaram a sua participação nesta conferência, e encorajamos outras a fazê-lo. Devemos ter tolerância zero em relação aos actos terroristas e de #terror!”, disse o embaixador.

A organização da cimeira reagiu. “Lamentamos saber que o embaixador israelita em Lisboa, Dor Shapira, já não estará presente na Web Summit. Lamentamos qualquer dano causado e estendemos as nossas mais profundas condolências a todos que perderam entes queridos. Esperamos uma resolução pacífica” do conflito, diz a organização numa reação por escrito enviada ao ECO.

“Compreendemos que este é um momento incrivelmente sensível e doloroso durante esta tragédia total da guerra. Queremos reiterar a nossa devastação pela perda de vidas inocentes em Israel e em Gaza. Condenamos veementemente os horríveis ataques do Hamas contra os israelitas“, disse ainda a organização.

Mas horas depois Paddy Cosgrave voltou à redes sociais para reiterar a sua posição: “Repetindo: crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados e devem ser denunciados pelo que são. Não vou ceder”, disse na X. No LinkedIn, rede profissional onde tem mais de 41 mil seguidores, o fundador da cimeira tecnológica inclui uma imagem de um artigo do Irish Independent dando conta da decisão de Israel de não participar na Web Summit, em novembro.

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