Google e Meta abandonam Web Summit depois de declarações de Cosgrave sobre Israel
A tecnológica e a Meta são as mais recentes empresas a cancelar participação na cimeira de Lisboa depois de Cosgrave ter classificado a reação de Israel ao ataque de Hamas como "crimes de guerra".
A Alphabet, a dona da Google, e a Meta, a dona do Facebook, são as mais recentes empresas a anunciar a sua retirada da Web Summit de Lisboa depois de Paddy Cosgrave ter classificado a reação de Israel ao ataque do Hamas como “crimes de guerra”. Intel e Siemens são outras das empresas que tomaram a mesma decisão.
A Google e a Meta já confirmaram que este ano não vão participar na cimeira tecnológica em novembro, noticiou a Bloomberg (conteúdo em inglês/acesso reservado). A Google era parceiro da conferência e Nick Clegg, presidente de global affairs do Facebook, era um dos oradores previstos.
A Siemens e a Intel já tinham anunciado na quinta-feira a mesma decisão, seguindo os passos de vários fundos de capitais e tecnológicas depois de Israel ter decidido não participar no evento devido às “declarações ultrajantes” do fundador da cimeira.
Após ter classificado nas redes sociais a reação de Israel ao ataque do Hamas como “crimes de guerra”, Cosgrave tem enfrentado uma tempestade junto de empresas participantes e fundos de investimento que nem o pedido de desculpas, emitido pelo fundador da Web Summit na passada terça-feira, parece estar a ser capaz de conter.
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“Compreendo que o que disse, o momento em que o disse e a forma como foi apresentado causou profunda dor a muitos. A quem ficou magoado com minhas palavras, peço profundamente desculpa. O necessário neste momento é compaixão, e não transmiti isso. A Web Summit tem uma longa história de parceria com Israel e as suas empresas tecnológicas, e lamento profundamente que esses amigos tenham ficado magoados com tudo o que disse. O meu objetivo é e sempre foi lutar pela paz. Espero de todo o coração que isso possa ser alcançado”, disse Cosgrave.
O pedido de desculpas não parece estar a conter a onda de retiradas de empresas e oradores. A atriz Gillian Anderson também decidiu não participar no evento. Um porta-voz da G-Spot, marca de bebidas da antiga protagonista da série Ficheiros Secretos, anunciou a sua retirada da cimeira, onde era oradora, porque “os valores de marca não alinham”, noticiou o Irish Times (conteúdo em inglês/acesso não reservado).
Por enquanto, nem o Governo nem a Câmara de Lisboa têm uma posição definida sobre a multiplicação do boicote de empresas à cimeira. “Ministério da Economia e do Mar não tem qualquer comentário a fazer”, reagiu fonte oficial quando contactado pelo ECO. O mesmo diz a Câmara Municipal de Lisboa.
(Última atualização às 19h30)
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