Saco de boxe da portuguesa Bhout é inovação do ano da Time
A Bhout já está a preparar a capacidade de produção, localizada em Leiria, para "entregar os primeiros milhares de unidades" no mercado, avança Mauro Frota, CEO e cofundador ao ECO.
O saco de boxe inteligente da portuguesa Bhout acaba de ser reconhecido pela revista norte-americana Time como uma das 200 inovações do ano. Um cartão-de-visita para a startup nacional tentar levantar capital nos Estados Unidos. A Bhout já está a preparar a capacidade de produção para “entregar os primeiros milhares de unidades” no mercado. Prepara para breve uma nova ronda.
“É um reconhecimento muito importante para qualquer negócio, pois ficamos posicionados entre as 200 melhores criações do mundo, deste ano – além de que a Time tem uma visibilidade e um reach muito expressivos que nos permite ser reconhecidos num mercado estratégico para a Bhout, os EUA”, começa por dizer Mauro Frota, CEO e cofundador da Bhout, ao ECO.
“Será sobretudo importante quando chegarmos à próxima fase de aceleração de crescimento de vendas de sacos em novos mercados, aí sim, vamos tentar levantar capital nomeadamente nos EUA que é fundamentalmente o mercado estratégico de venda direta aos consumidores e este prémio é o cartão-de-visita de que precisávamos”, continua o gestor.
Todos os anos, a revista norte-americana reconhece os produtos, software e serviços que estão a resolver problemas de forma criativa, e este ano, na categoria de fitness, uma empresa nacional vê um produto made in Portugal entre os mais inovadores.
Reconhecimento da Time “será sobretudo importante quando chegarmos à próxima fase de aceleração de crescimento de vendas de sacos em novos mercados, aí sim, vamos tentar levantar capital nomeadamente nos EUA que é fundamentalmente o mercado estratégico de venda direta aos consumidores e este prémio é o cartão-de-visita de que precisávamos.
Com tecnologia patent-pending, equipado com 3D computer vision e permitindo uma rotação de 180
graus, o saco de boxe inteligente da Bhout utiliza uma dock station e sensores biométricos que, em comunicação com a aplicação e com recurso a inteligência artificial, identifica os murros, pontapés, cotoveladas ou joelhadas. Junta-se uma lógica de gamificação para manter o pugilista envolvido.
“A ideia do saco surgiu de dois universos distintos mas que juntos poderiam mudar o paradigma: por um lado, assistimos à intermitência do exercício físico pois 40% a 65% dos indivíduos abandonam as atividades entre três a seis meses após terem começado. Por outro, ao observar o mercado de videojogos, vemos que retém jogadores na ordem das quatro a cinco horas por dia. Assim, a Bhout encontrou a oportunidade: eliminar o sedentarismo da indústria dos videojogos e aproximar à realidade do mundo fitness”, explica o cofundador.
Produção ficará distribuída em Leiria
Começaram em 2019 “numa garagem”, com os primeiros teste de I&D, tendo o saco sido lançado em 2021, tendo, em Lisboa, a startup instalado um ginásio onde o saco pode ser usado.
“Temos atualmente uma unidade funcional que está em trabalho de investigação e desenvolvimento há três anos. Agora estamos a preparar a capacidade de produção, que ficará distribuída em três unidades na região de Leiria, para podermos começar a entregar os primeiros milhares de unidades. Estamos numa fase embrionária do projeto, pelo que este reconhecimento é importante para que os clientes tenham interesse e confiança em experimentar”, revela ainda ao ECO Mauro Frota, nomeado, recentemente Empreendedor do Ano – João Vasconcelos, atribuído pela Startup Lisboa e pela Unicorn Factory Lisboa, tendo sido reconhecido pelo júri com o Melhor Pitch.
Temos atualmente uma unidade funcional que está em trabalho de investigação e desenvolvimento há três anos. Agora estamos a preparar a capacidade de produção, que ficará distribuída em três unidades na região de Leiria, para podermos começar a entregar os primeiros milhares de unidades.
A startup já captou cerca de um milhão de euros nas fases pre-seed e bridge, “uma aposta de um conjunto de Business Angels de referência, em fevereiro de 2021 (525 mil euros); e da Core Angels e Portugal Ventures, entre outros, em dezembro de 2022, com o investimento de 439 mil euros“, adianta o empreendedor.
Sem mais detalhes, adianta que, “para breve” será anunciada uma nova ronda, “para expandir a operação em Portugal, implementar novos modelos de negócio e impulsionar o atual plano de internacionalização”. “Sem previsão temporal, sabemos que a evolução da Bhout passará por levantar capital nos EUA também”, refere ainda.
Melhor Start-up FitTech em fase inicial na Europa no Connected Health & Fitness Summit 2022, um dos Ginásios mais Inovadores do Mundo pelo Fitness Industry Technology Council e entre os designs mais inovadores de 2023 a nível global, pelos prémios da Fast Company’s Innovation by Design são alguns dos reconhecimentos já atribuídos à Bhout.
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