Howden diz que severidade das lesões dos jogadores das ligas das europeias aumentou após Mundial
Manchester United, Real Madrid e a Liga Alemã foram quem registou a maior número de lesões na última época segundo a corretora Howden que analisa o risco de segurar o futebol masculino.
O Campeonato do Mundo da FIFA, disputado no Qatar em 2022, levou a um aumento da gravidade das lesões nos jogadores das cinco principais ligas masculinas da Europa, que passaram aproximadamente mais de 8 dias afastados dos jogos nos meses seguintes ao torneio devido lesões, revelou o grupo Howden num relatório divulgado esta segunda-feira.
Enquanto na temporada 2021/22 os jogadores ficaram afastados dos jogos cerca de 16,02 dias, já na liga de 2022/23 esse valor subiu para cerca de 23,62 dias.
Com o mundial, alguns jogadores aumentaram os seus esforços ao participar no torneio no Qatar e também em torneios nacionais. Assim, verificou-se que em outubro, período antes do mundial, as lesões levaram os jogadores a ficarem afastados durante cerca de 11 dias, e após o mundial em janeiro de 2023 o número subiu para cerca de 19 dias.
O custo com lesões aumentou cerca de 30%, passando de 553,62 milhões de euros da época 2021/22 para 704,89 milhões de euros na época 2022/23 para as cinco principais ligas masculinas da Europa, mesmo que o número de lesões tenha sido menor esta temporada (3.985 lesões), excetuando durante a COVID-19.
Na liga espanhola, os jogadores do Real Madrid foram os que sofreram o maior número de lesões (72), o dobro do rival Barcelona (36). Já a equipa Los Blancos foram responsáveis por 21,49% dos custos com lesões em toda a liga.
Na liga italiana, a Unione Sportiva Lecce contava com um orçamento limitado para cobrir as lesões e conseguiu manter os seus níveis baixos ao longo da liga – 19 lesões no total, com um custo médio de 60 mil euros por lesão sofrida – valor que a seguradora considera reduzido.
A liga com o maior número de lesões em toda a Europa foi a alemã com 946 lesões, cerca de 47 por equipa. Em segundo lugar está a Liga Inglesa, que ainda que tenha sofrido menos lesões que na temporada anterior, em cerca de 25%, o seu custo aumentou 70.84 milhões de libras (cerca de 68.97 milhões de euros), para 255.42 milhões de libras (288.62 milhões de euros), em relação à temporada 2021/22.
O Manchester City registou menos lesões comparativamente à temporada anterior (40 vs 67), registando também um custo proporcionalmente mais reduzido pelas lesões, pagando cerca de 11.91 milhões de libras no total (13.46 milhões de euros). De acordo com a Howden, esta diminuição ilustra o impacto de um painel que conta com jogadores internacionais em todas as posições.
Quer o Manchester United quer o Nottingham Forest sofreram o maior número de lesões em toda a Europa, 69 cada um. Já o Chelsea registou o maior custo com lesões, com 68 lesões, custando 40.07 milhões de libras no total (cerca de 46 milhões de euros). No campo oposto, Fulham e Brentford assinalaram o menor número de lesões, 27 e 28, respetivamente.
O tipo de lesão mais dispendioso foram no joelho com gastos em média de 480 mil libras (cerca de 540 mil euros) por ocorrência.
“O Índice de Lesões no Futebol Europeu Masculino da Howden analisou o impacto das mudanças feitas no calendário internacional na disponibilidade dos jogadores para o futebol nacional. Vimos claramente que a realização do Campeonato do Mundo masculino num inverno europeu fez com que os jogadores enfrentassem mais oito dias de afastamento na segunda metade da temporada, em comparação com a primeira”, afirmou James Burrows, Diretor do desporto de Howden, cita o site da seguradora.
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