José Luís Carneiro confia moção a Vieira da Silva, Capoulas Santos e André Moz Caldas
No conselho que coordena a moção com que José Luís Carneiro concorre às diretas do PS estão ainda Carlos Zorrinho, Catarina Silva, Jamila Madeira, Jorge Lacão e Luís Parreirão, entre outros.
Os ex-ministros António Vieira da Silva e Luís Capoulas Santos, bem como o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros André Moz Caldas, são alguns dos nomes que fazem parte do conselho estratégico que coordena a moção com que José Luís Carneiro vai concorrer às diretas do PS.
A lista da equipa responsável pela coordenação conta ainda com nomes como Carlos Zorrinho, Catarina Silva, Jamila Madeira, Jorge Lacão, Luís Parreirão, Maria Antónia Almeida Santos, Rui Solheiro e Vasco Franco. Segundo fonte oficial, o texto final contará também com contributos de outros militantes e independentes especialistas nas várias áreas.
Em entrevista ao JN, Vasco Franco, antigo vereador do PS na Câmara de Lisboa, assegurou que a falta de habitação acessível nas cidades terá uma “prioridade muito grande” na moção. Sublinhou ainda que a crise na habitação é um problema de “emergência social” e que “não é possível ignorar”.
No dia 11 de novembro, José Luís Carneiro oficializou a entrada na corrida à liderança do PS, estando consciente da “grandeza do desafio”. Com o slogan “Por todos. Para todos”, o atual ministro da Administração Interna afirmou que avança para “garantir segurança, estabilidade e investimento ao país, e prometeu que levará diálogo ao seu partido e à atividade política”.
Além de José Luís Carneiro, na corrida pela liderança do Partido Socialista está também Pedro Nuno Santos, ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, e Daniel Adrião. As eleições diretas internas para o cargo de secretário-geral socialista decorrem a 15 e 16 de dezembro.
PS diverge sobre gerigonça
A ex-ministra e coordenadora da moção estratégica de Pedro Nuno Santos ao congresso do PS, Alexandra Leitão, considera difícil reeditar a maioria absoluta nas próximas eleições e não fecha a porta a uma nova gerigonça à esquerda.
“Reeditar uma maioria absoluta já sabemos que é muito difícil. O próprio sistema eleitoral português não é um sistema que favoreça as maiorias absolutas. Portanto esse é claramente um objetivo muito difícil”, disse a socialista em declarações à RTP2.
Para Alexandra Leitão, o PS não deve partir com uma “autolimitação” às possibilidades que tem, relembrando a “quebra do muro” de acordos parlamentares à esquerda que António Costa fez em 2015. “Esses muros não são para reeditar. Se são para depois acontecer ou não, veremos em função da forma concreta com que o Parlamento estiver constituído“, referiu.
Já a socialista e antiga eurodeputada Ana Gomes defende que a geringonça foi uma solução de “maior estabilidade” do que a maioria absoluta do Partido Socialista.
“O Governo que venha seja um Governo que implique uma negociação permanente, porque foi isso que tivemos na gerigonça. Acho que aí ficou demonstrado que a solução da gerigonça foi uma solução de maior estabilidade do que a atual maioria absoluta que acaba desta forma“, disse no programa “É ou não é” da RTP.
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