Fora do acordo do SIADAP, Frente Comum ataca Governo e outros sindicatos. Executivo assegura que sindicato conhece proposta
Frente Comum critica Governo por ter dito que o sindicato se recusava a negociar após o primeiro acordo. Secretária de Estado assegura que os três sindicatos conhecem teor do documento.
A Frente Comum ficou, mais uma vez, de fora do acordo com o Governo sobre a revisão do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP), acusando o Executivo de mentir sobre a falta de disponibilidade do sindicato para negociar. “Os amigos continuam a sentar-se na manjedoura para comer”, atirou Alcides Teles, à saída da reunião com o Governo, que serviu para discutir a valorização dos técnicos superiores — proposta que admitiu ter melhorado. No entanto, a secretária de Estado assegurou que “não há nada que conste do acordo que não seja conhecido das estruturas”, mas a Frente Comum não deu o aval às mudanças.
O dirigente foi questionado pelo “novo acordo de valorização dos trabalhadores da Administração Pública”, que, segundo uma nota de agenda do primeiro-ministro, será assinado esta tarde com os outros dois sindicatos (Fesap e STE), dizendo desconhecer do que se tratava. “O acordo anterior foi negociado nas costas da Frente Comum, entre a Fesap e o STE, com argumento que a Frente Comum se tinha recusado a negociar, o que é mentira”, reiterou o representante da Frente Comum.
“Estamos a saber agora. Não se venha dizer que Frente Comum se recusou a negociar que é mentira“, reforçou Alcides Teles, à saída da reunião que serviu para fechar o processo de negociação sobre a valorização dos técnicos superiores.
No final das reuniões, a secretária de Estado da Administração Pública esclareceu que “na última reunião do SIADAP foi perguntado às três estruturas sindicais se proposta que o Governo tinha colocado em cima da mesa merecia acordo: a Frente comum disse que não”. Desta forma, assegurou que “não há nada que conste do acordo que não seja conhecido das estruturas”, mas o Governo já não convocou a Frente Comum para a assinatura do acordo já que não tinham chegado a consenso.
Sobre esse tema, o dirigente admitiu que o Governo “avançou na proposta”, notando ainda que “é aceitável na forma como é apresentada”. No entanto, indicou o mesmo responsável, “continua a depender das quotas e de fatores discricionários, e, por isso, a Frente Comum não deu o seu aval”.
“Em todo o caso, melhora a proposta anterior e vai no sentido de encontrar valorização dos técnicos superiores”, sendo que garante que os trabalhadores, “quando transitam para uma nova tabela, têm uma majoração salarial“. “O resto continuará a depender das quotas”, acrescentou.
(Notícia atualizada às 13h40 com declarações da secretária de Estado)
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