Volume de negócios das empresas cresceu 22,5% em 2022
Os setores da indústria e da energia foram os que mais contribuíram para o crescimento do volume de negócios entre 2021 e 2022.
O setor empresarial em Portugal acelerou o ritmo de crescimento, em 2022. Segundo os dados do INE, o volume de negócios registou um aumento nominal de 22,5%, face a 2021, enquanto o valor acrescentado bruto (VAB) e o excedente bruto de exploração (EBE) registaram uma subida de 19,9% e 26,1%, respetivamente.
Os setores da Indústria e energia foram os principais responsáveis pelo crescimento do volume de negócios, com um contributo positivo de 8,4 pontos percentuais, seguindo-se o comércio (+6,2 pontos percentuais), adianta o Instituto Nacional de Estatística (INE), num comunicado divulgado esta sexta-feira.
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No que se refere ao VAB, os Outros serviços e o Alojamento e restauração registaram os maiores contributos, com um acréscimo de 3,9 pontos percentuais e 3,2 pontos percentuais, respetivamente), enquanto no EBE foram os Serviços financeiros que mais contribuíram para o crescimento observado (+5,5 p.p.).
O pessoal ao serviço e os gastos com o pessoal também mostraram um aumento face a 2021, de 5,8% e 12,6%, respetivamente (+2,3% e +8,9% em 2021).
Número de empresas volta a aumentar
O setor empresarial português fechou o ano com 1.453.728 empresas em atividade (+7% face a 2021), das quais 65,8% eram empresas individuais e 34,2% sociedades. Face a 2021, verificou-se um aumento de 8,4% das empresas individuais e 4,2% das sociedades, acrescenta o INE.
Destas empresas, 488.807 eram sociedades não financeiras e registaram crescimentos de 5,2% no pessoal ao serviço, 24,1% no volume de negócios, 18,6% no VAB e 24,2% no EBE.
As empresas de maior dimensão lideraram o crescimento na maioria das variáveis económicas, à exceção do VAB, onde as Pequenas e Médias Empresas (PME) se distinguiram com um crescimento ligeiramente superior.
Outra área onde foram observadas melhorias foi na produtividade aparente do trabalho, que atingiu quase 35 mil euros por pessoa, enquanto a remuneração média anual ascendeu a 17,3 mil euros por pessoa.
Quanto às empresas com perfil exportador, o ano fechou com 30.742 sociedades, mais 8,9% do que em 2021, correspondendo a 6,3% do total de sociedades não financeiras.
Regresso a níveis pré-pandemia
Segundo o INE, “as sociedades não financeiras registaram crescimentos superiores no volume de negócios, nos gastos com o pessoal e no EBE face às empresas individuais não financeiras e, por dimensão, as micro, pequenas e médias empresas (PME) evidenciaram maiores crescimentos do pessoal ao serviço e do VAB face às grandes empresas, entre 2021 e 2022. Verificou-se ainda que, para as principais variáveis económicas, as empresas individuais já atingiram em 2022 os valores observados antes da pandemia”.
Para as principais variáveis económicas, as empresas individuais já atingiram em 2022 os valores observados antes da pandemia.
Já as empresas financeiras em Portugal registaram aumentos de 29,4% no VAB e 1,1% no volume de negócios, sendo que o número de empresas neste setor decresceu 2,6%, após um aumento de 10,9% registado no ano anterior, sendo que o número de pessoas ao serviço se manteve num nível semelhante.
O setor do Alojamento e restauração registou uma aceleração acentuada do crescimento do VAB (+90,6%, face a +48,9% em 2021), influenciado pelas atividades Hotéis com restaurante e Restaurantes tipo tradicional, ultrapassando já os níveis pré-pandemia.
O mesmo aconteceu no setor dos Transportes e armazenagem, com taxas de crescimento de 36,3%, um aumento justificado pela atividade dos Transportes aéreos de passageiros. Mesmo assim, a Indústria e energia continuou a ser o setor com maior peso no VAB das sociedades não financeiras (27,9%), registando um crescimento de 10,1% em 2022 (+13,7% no ano anterior), diz o INE.
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