Zona de guerra sobe 330 kms para Norte no Mar Vermelho. Seguros disparam
Os navios estão a ser desviados para a rota do Cabo da Boa Esperança para evitar o mar vermelho, os seguros duplicam e triplicam numa zona de guerra aumentada pelos seguradores de Londres.
Novas zonas de perigo para a navegação foram identificadas esta terça-feira pela The Joint War Committee (JWC), Organização que junta subscritores de risco da seguradora Lloyd’s e da IUA (International Underwriting Association of London) que atualiza e divulga a JWC Listed Areas, um mapa que define zonas de risco em que ao entrar nelas, os armadores devem avisar os seus seguradores desse facto, porque um sobre-prémio passa a ser devido.
A reunião da JWC estendeu a zona de aviso de 15 graus para 18 graus Norte no Mar Vermelho (aumento de cerca de 330 kms na latitude), mas ainda juntou a Guiana em consequência do conflito territorial que opõe este país à Venezuela. Em África, a zona de risco da Eritreia subiu 3 graus para norte e os limites já estabelecidos para Cabo Delgado e as costas de Moçambique e Tanzânia foram ajustados.
Os recentes ataques a navios, conduzidos pelo movimento Houti, apoiado pelo Irão, e dirigidos a alvos com alguma ligação a Israel, já haviam desviado tráfego marítimo pela rota do Cabo (da Boa Esperança, na África do Sul), o que aumenta de 19 para 31 dias uma viagem da Ásia para a Europa.
Ainda na sequência dos ataques, os prémios de seguros subiram do normal risco de guerra de 0,03% do valor do navio para 0,05 ou mesmo 0,1% pelo tempo habitual de contrato de uma semana. Em números, pode significar que apenas pelo casco, sem carga, o prémio passou de cerca de 20 mil euros para um valor de até 70 mil euros.
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