O desafio da gestão do stress nas organizações num mundo em constante mudança
Não se trata apenas de implementar programas de bem-estar – atualmente, as empresas têm de criar uma cultura que abrace o equilíbrio entre a inovação, a competitividade e o cuidado com as pessoas.
Hoje em dia, os desafios que as pessoas enfrentam diariamente no local de trabalho são inúmeros. Isto acontece, particularmente, num momento em que o mundo se caracteriza por diversas crises globais, imprevisibilidades constantes e incessante competitividade. Ao mesmo tempo, olhando pelo lado positivo, as empresas – em particular as de tecnologia – estão num terreno propício à inovação, à competitividade e à sustentabilidade. Como podemos, então, conciliar estes fatores com a complexidade da gestão do stress em ambientes corporativos e em constante transformação?
Em primeiro lugar, é importante refletir sobre o papel que as organizações têm na mitigação do stress dos seus colaboradores neste enquadramento. Não se trata apenas de implementar programas de bem-estar – atualmente, as empresas têm de criar uma cultura que abrace o equilíbrio entre a inovação, a competitividade e o cuidado com as pessoas.
Neste contexto, eis estão algumas estratégias que, a meu ver, as empresas devem considerar e adaptar à sua realidade organizacional:
- Comunicação transparente: fornecer informações claras sobre, por exemplo, as condições que afetam o setor, a empresa, o departamento e função de cada colaborador, para que compreendam o contexto global e corporativo em que estão inseridos.
- Cultura de inclusão: fomentar uma cultura onde as diferenças de cada um são acolhidas com igual respeito. Dessa forma, será mais fácil para os colaboradores procurarem ajuda e apoio por parte da empresa quando necessário.
- Flexibilidade e worklife balance: capacitar os colaboradores para que se possam adaptar a situações de imprevisibilidade e consigam trabalhar de forma mais flexível e ágil. Um dos exemplos práticos é a possibilidade de a empresa oferecer, sempre que possível, modelos de trabalho mais flexíveis (como o híbrido).
- Sensibilização dos gestores de pessoas: sensibilizar e formar os gestores de pessoas para a importância do bem-estar geral das suas equipas e como podem antecipar situações de risco.
- Responsabilidade social corporativa (CSR, na sua sigla em inglês): investir em iniciativas de CSR que dão aos colaboradores a oportunidade de participar ativamente em projetos de impacto (voluntariado/voluntariado pro bono) onde podem não só desenvolver diferentes skills, mas também conseguir um maior engagement e bem-estar geral.
Assim, tendo em conta todos estes aspetos, é essencial reforçar que é importante promover um maior equilíbrio entre a competitividade empresarial e o bem-estar dos colaboradores.
Ainda que muitas vezes seja um desafio, todas as organizações o devem abraçar, pois está mais do que evidenciado que colaboradores saudáveis e equilibrados são mais produtivos, criativos e comprometidos com o seu propósito organizacional.
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