Greve dos trabalhadores da IP volta hoje a causar “perturbações significativas” nos comboios

  • Lusa
  • 4 Janeiro 2024

Trabalhadores de operação, comando, controlo, informação, gestão de circulação e conservação ferroviária voltam a parar esta quinta-feira. No primeiro dia de greve foram suprimidos 798 comboios.

Os trabalhadores de operação, comando, controlo, informação, gestão de circulação e conservação ferroviária da Infraestruturas de Portugal (IP) voltam esta quinta-feira a cumprir um dia de greve, com a CP a antecipar “perturbações significativas” nos comboios.

A greve, convocada pela Aprofer – Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário, poderá repetir-se em 10 de janeiro, caso as negociações com a IP não sejam retomadas, disse Adriano Filipe, presidente da entidade, em 29 de dezembro, à Lusa.

Os trabalhadores cumpriram na terça-feira o primeiro dia de greve, que levou à supressão de 798 comboios, de um total de 1.086 estimados, tendo sido cumpridos apenas os serviços mínimos até ao final da tarde, adiantou a CP.

Entretanto, a CP informou que a paralisação levou à supressão de 82 comboios de 148 programados (55,4%) pela transportadora, entre as 00:00 e as 07:00. Nas ligações urbanas de Lisboa, dos 63 previstos foram suprimidos 39, e nos de longo curso estavam programados seis e foram suprimidos quatro. Numa nota enviada à Lusa, a empresa precisa que dos 148 comboios programados, realizaram-se 66.

No seu ‘site’, a CP informou que, “devido a uma greve convocada por sindicatos representativos dos trabalhadores da IP – Infraestruturas de Portugal, responsável pela gestão da infraestrutura ferroviária, antecipam-se perturbações significativas na circulação dos comboios a nível nacional nos dias 02 e 04 de janeiro de 2024″, que se poderão alargar aos dias antes e depois das paralisações.

A paralisação está relacionada com as condições de trabalho e vencimentos da profissão, segundo explicou à Lusa, Adriano Filipe. “Os motivos desta greve são os mesmos” da paralisação que tinha sido convocada para setembro de 2022, lembrou, indicando que a IP se tinha comprometido a negociar um acordo, mas isso não aconteceu desde então.

“O acordo seria fechar as negociações e compromisso de paz social até 31 de dezembro de 2023, mas face ao incumprimento por parte da IP, resolvemos decretar greve a partir do início de janeiro e será uma greve que, até que haja um acordo ou uma mudança de posição, irá continuar”, afirmou.

Estes trabalhadores, distribuídos essencialmente por centros de comando operacionais (CCO), que controlam todo a operação ferroviária a nível nacional, exigem a regularização da sua profissão.

“Há 17 anos que novos postos de trabalho carecem de uma regularização do funcionamento e, portanto, nós trabalhamos nos moldes ainda da antiga CP”, indicou, salientando que o trabalho é “num posto altamente tecnológico, que concentra a circulação e manutenção toda do país inteiro”.

Nos dias de greve, estão garantidos serviços mínimos, com a previsão de circulação do Alfa Pendular e Intercidades, Regional, InterRegional e Internacional, Comboios Urbanos do Porto, Comboios Urbanos de Coimbra e Comboios Urbanos de Lisboa.

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