PORTOseguro: Mediadora do FC Porto quer voar para fora do Dragão

A PORTOseguro, mediadora do grupo do F.C. Porto, faturou 1,12 milhões de euros no exercício anual 2022/2023, valor superior ao registado um ano antes. Integrada num grupo desportivo, o ano económico da PORTOseguro é paralelo ao da atividade desportiva, isto é, de 1 de julho a 30 de junho, pelo que só recentemente a mediadora apresentou as suas últimas contas, com resultados líquidos a atingirem 439 mil euros, todos para distribuir em dividendos.

A Portoseguro – Sociedade Mediadora de Seguros do Porto, foi constituída em 1995 e tem como principal acionista a Futebol Clube do Porto – Futebol SAD, detentora de 90% do capital social, desde que esta o adquiriu ao Futebol Clube do Porto em junho de 2007. O Clube ficou com 5% do capital, valor percentual igual ao de António Vasconcelos que é o gerente da sociedade.

António Vasconcelos era, há 28 anos, diretor da seguradora Global, quando o Futebol Clube do Porto lhe solicitou a montagem de uma mediadora de seguros própria, dando resposta aos significativos custos com apólices como, por exemplo, as respeitantes aos jogadores de futebol profissional.

Ainda hoje o negócio provém 76% do grupo F.C.Porto, com particular incidência do Clube, do F.C.Porto Serviços Partilhados e do F.C. Porto SAD. O caminho da gestão liderada por António Vasconcelos, que é também presidente da Assembleia Geral da APROSE, associação dos agentes e corretores de seguros, é crescer os seus negócios fora do grupo, através de empresas – que hoje significam 17% e particulares, que representam 7% das comissões.

Para a administração, as oportunidades fora do grupo foram positivas no último exercício com saldo positivo entre novas contratações de apólices fora do grupo FC Porto. Por outro lado, teme uma retração da procura como resultado da situação inflacionista e a incerteza da guerra na Ucrânia.