Empresas do Norte assinam pacto para “valorizar trabalho dos engenheiros”

Remunerações, benefícios, progressão de carreiras, formação e regresso de emigrados na lista dos compromissos assumidos por 11 empresas, que faturam 2.000 milhões e empregam 3.000 engenheiros.

Onze empresas portuguesas – A400, ACA, BIMMS, Casais, DouroGas, Efacec, GEG, Infraspeak, Mota-Engil, Painhas, Sopsec –, que totalizam um volume de negócios superior a 2.000 milhões de euros, acabam de assinar um pacto com a Ordem dos Engenheiros da Região Norte (OERN) em que se comprometem a “valorizar o trabalho” destes profissionais.

Ambiente de trabalho, remunerações, benefícios, progressão de carreiras, formação, equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, e o regresso ao país de engenheiros que atualmente trabalham no estrangeiro. Estes são os principais compromissos assumidos por estas empresas, que empregam cerca de 3.000 engenheiros.

O chamado “Pacto para a Qualidade e Valorização do Trabalho dos Engenheiros”, que teve como base um inquérito a que responderam mais de 2.000 profissionais, foi assinado esta terça-feira e “servirá de base ao desenvolvimento de ferramentas necessárias à qualidade e condições de empregabilidade e, por conseguinte, contribuir para a fixação e regresso dos nossos engenheiros a Portugal”.

“Queremos que os engenheiros na Região Norte se diferenciem e tenham melhores condições de trabalho. Que estas empresas continuem a contratar melhor, com mais facilidade e melhores profissionais. Queremos que os engenheiros sejam valorizados, preparados para os desafios do futuro e que a Região Norte seja a referência da nova Engenharia que em conjunto vamos construir”, referiu Bento Aires, presidente da OERN, durante a apresentação do pacto.

Queremos que os engenheiros na Região Norte se diferenciem e tenham melhores condições de trabalho. Que estas empresas continuem a contratar melhor, com mais facilidade e melhores profissionais.

Bento Aires

Presidente da Ordem dos Engenheiros da Região Norte

Em comunicado, a organização aponta acarência de profissionais altamente qualificados, recursos e matérias-primas”, criticando também as “formas de contratação atípicas”. Alinhada com a Agenda do Trabalho Digno, a OERN diz que pretende “identificar e promover ativamente a designação de melhores condições de trabalho para um adequado e eficiente exercício da profissão”.

Veja os compromissos assumidos pelas primeiras empresas signatárias:

  • Aumentar a remuneração dos engenheiros;
  • Garantir a execução de atos de Engenharia por engenheiros qualificados para o exercício da profissão e em conformidade com os respetivos níveis de qualificação;
  • Proporcionar um ambiente de trabalho saudável e seguro;
  • Incentivar uma tipologia de contrato de trabalho estáveis;
  • Promover de oportunidades e diversidade nas condições de trabalho dos engenheiros;
  • Desenvolver um programa de formação e desenvolvimento dos colaboradores;
  • Integrar profissionalmente engenheiros com base num plano de desenvolvimento de competências;
  • Contratar recém-licenciados nas escolas de ensino superior nacionais em condições superiores aos definidos nos programas públicos de apoio;
  • Fomentar o regresso de engenheiros que trabalhem no estrangeiro;
  • Promover práticas de sustentabilidade responsáveis.

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