Engenheiros e arquitetos pressionam mais intervenção do Estado para “mitigar” crise na habitação

“Deverá ser o Estado, neste contexto, o impulsionador principal de projetos que deem resposta às necessidades habitacionais que os portugueses enfrentam”, defendem Ordens dos Engenheiros e Arquitetos.

A Ordem dos Engenheiros e a Ordem dos Arquitetos alinharam posições para defender que as necessidades de habitação do país, que descrevem como “urgentes” e que “precisam de ser resolvidas com determinação”, devem ser “mitigadas através de mecanismos de promoção própria do Estado, sem prejuízo da liberdade de iniciativa privada”.

“Ou seja, deverá ser o Estado, neste contexto, o impulsionador principal de projetos que deem resposta às necessidades habitacionais que os portugueses enfrentam”, concretizam num comunicado conjunto divulgado esta quinta-feira. Dramatizam que “este é o tempo de, sem demoras, agir” e mostram disponibilidade para “implementar e potenciar o que venham a ser as decisões necessárias”.

As necessidades de habitação do país, que são urgentes e precisam de ser resolvidas com determinação, devem ser mitigadas através de mecanismos de promoção própria do Estado, sem prejuízo da liberdade de iniciativa privada.

Comunicado conjunto da Ordem dos Engenheiros e Ordem dos Arquitetos

Nos próximos dias, no arranque do novo ano parlamentar, o tema da habitação vai continuar no topo das agendas dos diferentes partidos. Para a sessão de 21 de setembro está já agendada a reapreciação do diploma relativo ao pacote legislativo Mais Habitação, que foi vetado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Esta quinta-feira, no final da reunião do Conselho de Ministros, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, confirmou que até ao final deste mês vai ser aprovado um novo diploma para alargar o regime de apoio à bonificação do crédito, que “não teve a procura e o acesso” que o Executivo tinha previsto, assim como clarificar os critérios de acesso do apoio à renda.

“Plenamente preparados para apoiar e suprir as necessidades habitacionais que o país enfrenta”, os engenheiros e os arquitetos prontificam-se a “contribuir para a conceção das melhores e mais adequadas políticas públicas”, sublinhando que são “por excelência” os profissionais “capazes de pensar e de projetar soluções” nos domínios da habitação, do urbanismo e do território.

“Os profissionais que [representamos] possuem formação e competências técnicas adequadas para, com segurança, conceberem, desenharem, projetarem e implementarem o que venham a ser decisões necessárias para Portugal suprir as graves carências habitacionais existentes. É com os engenheiros e arquitetos inscritos nas respetivas Ordens profissionais que conseguiremos ultrapassar este que é, verdadeiramente, um desígnio nacional”, concluem no mesmo comunicado.

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