Convenção do Chega aprova 29 moções temáticas e apenas chumba uma

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2024

A Convenção Nacional do Chega aprovou 29 moções temáticas sobre áreas como a corrupção, as forças de segurança ou a extinção do SEF, Sexta Covenção Nacional do partido encerra este domingo.

A Convenção Nacional do Chega aprovou 29 moções temáticas sobre áreas como a corrupção, as forças de segurança ou a extinção do SEF, tendo apenas sido chumbada uma proposta que propunha um “círculo eleitoral de compensação justo”.

A votação decorreu já durante a madrugada de domingo e recorrendo ao método de “braço no ar”, tendo os 573 congressistas que votaram neste período recebido a indicação de que não podiam sair da sala.

Inicialmente eram 32 as moções temáticas em votação – que tinham sido apresentadas ao longo do dia de sábado -, mas duas delas acabaram por ser retiradas pelos proponentes, sendo sobre uma sobre revitalização da identidade e cultura nacional portuguesa e outra sobre alojamento local. O único texto temático chumbado pelos militantes do Chega propunha um círculo de compensação justo.

Horas antes, André Ventura foi reeleito presidente do Chega com 98,9% dos votos na 6.ª Convenção Nacional do partido, que decorre em Viana do Castelo. O anúncio foi feito pelo presidente da Mesa da reunião magna, Jorge Galveias, segundo o qual André Ventura, candidato único, teve 98,9% dos votos, tendo sido registados também 1% de votos brancos e 0,1% de votos nulos.

“Temos, portanto, o nosso presidente eleito, doutor André Ventura”, afirmou, sem referir o número de votos, apenas as percentagens. Após o anúncio, os delgados começaram a aplaudir de pé e a gritar “Ventura, Ventura”, que entrou na sala pouco tempo depois.

Todas as restantes moções foram aprovadas, sendo o tema da corrupção presente em algumas delas, bem como um texto que propunha a reestruturação das forças de segurança (PSP e GNR), no qual se alerta “para a desmotivação, revolta e até desespero que são vividos pela grande maioria dos efetivos” e para “um clima de instabilidade permanente, injustiça constante e falta de apoio gritante”.

Teve ainda ‘luz verde’ uma moção sobre violência doméstica, de acordo com a qual é recomendado à direçao do partido medidas que impeçam que pessoas condenadas por estes crimes se possam candidatar a qualquer cargo partidário ou possam integrar qualquer lista do partido a eleições.

Os militantes do Chega aprovaram ainda uma moção sobre a reversão da extinção do SEF e da criação da AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo).

A moção apresentada pela Juventude do Chega pretende “fazer de Portugal a primeira casa dos jovens portugueses” e tem como prioridades aumento de salários, combater a iliteracia financeira e estimular o emprego jovem, empreendedorismo e inovação, políticas de retenção e atração de talentos”.

O texto sobre a ética na política tinha, no período da apresentação das moções durante a tarde, gerado um momento que marcou a tarde. “Rui Cruz, sou um homem, sou pai de família, sou avó, sou fascista”, disse.

Para esta noite estava prevista também a votação das propostas de alteração aos estatutos, mas foi adiada para a manhã devido ao “adiantar da hora”. Após a aprovação da alteração do programa previsto para o último dia da sexta reunião magna do Chega, os trabalhos foram encerrados cerca da 01:30, meia hora depois da hora prevista para o encerramento dos trabalhos.

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