ASF indica que os riscos de seguros Vida têm tendência a aumentar

O “Painel de Riscos do Setor Segurador” divulgou a classificação dos principais riscos para as empresas do setor segurador português.

Os riscos macroeconómicos são os principais para as empresas de seguros portuguesas. Segundo o Painel de Riscos do Setor Segurador, lançada pela Associação de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), a categoria de riscos de crédito, de mercado, específicos dos seguros Vida e específicos dos seguros não vida Não Vida são riscos considerados médio-altos.

 

Os resultados do “Painel de Riscos do Setor Segurador”, uma publicação trimestral que visa identificar e medir os riscos e vulnerabilidades do setor segurador, referem-se a 31 de dezembro com os dados reportados pelas empresas do setor segurador. A classificação de todos os riscos avaliados em dezembro de 2023 manteve-se desde o último painel, em setembro do ano passado:

  • Os riscos macroeconómicos são os únicos avaliados em nível alto, devido à vulnerabilidade das empresas aos conflitos geopolíticos, como a guerra israelo-palestiniana e na Ucrânia. A nível nacional, o PIB abrandou em setembro e a taxa de inflação desacelerou na variação em cadeira em novembro;
  • Classificado como médio-alto foi o risco de crédito. A ASF considera apesar da redução dos prémios de risco da dívida soberana e dos emitentes do setor financeiro e não financeiro, “mantêm-se relevantes as vulnerabilidades decorrentes do aumento da pressão sobre as condições de financiamento das empresas e dos particulares.”;
  • A avaliação dos riscos de mercado é média-alta devido à “persistência do risco de correção material futura dos preços dos ativos, inclusivamente por via de um evento potencialmente sistémico”. Importa salientar que observou-se em novembro uma “reversão da tendência do aumento da volatilidade que se vinha a registar nos meses anteriores”;
  • Os riscos específicos de seguros de Vida estão classificados como médio-altos, relevando tendências para crescer. A previsão baseia-se na “evolução que decorre da quebra observada ao nível do valor anualizado dos prémios brutos emitidos (-6%)”.
  • Os seguros específicos Não Vida enfrentam riscos médio-altos devido, “os riscos decorrentes do período de inflação elevada, que poderão afetar a rendibilidade do segmento, por via do aumento dos custos com sinistros, caso não se verifique a adoção de medidas de compensação adequadas.”;
  • O risco de liquidez é avaliado como médio-baixo. No entanto, a ASF alerta para “uma ligeira deterioração nos respetivos indicadores, designadamente no rácio de liquidez dos ativos e no rácio de entradas sobre saídas do setor segurador.”. Com a mesma avaliação está a categoria de riscos de rendibilidade e solvência e de interligações, ambos com tendência para diminuir.

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