Seguradoras britânicas criticadas por cobrir riscos de petróleo russo
A principal seguradora britânica a segurar petróleo russo afirma que não está a cobrir nenhum navio petroleiro que transporte cargas acima do preço máximo fixado pelo G7 e UE.
Seguradoras britânicas cobrem 33% (de volume) do petróleo russo transportado em navios petroleiros. O estudo realizado por um centro independente de investigação sobre a poluição atmosférica, CREA, dá conta que desde março de 2022, poucos dias depois da guerra implodir na Ucrânia, até novembro de 2023 as empresas inglesas tinham segurado 120,6 mil milhões de euros de petróleo russo.
Os negócios das seguradoras que envolvem a cobertura de petróleo russo não são ilegais desde que o barril seja comercializado a menos de 60 dólares. O limite de preço foi acordado entre os 27 países membros da União Europeia, pelos países do G7 e pela Austrália.
No entanto, um deputado do partido Torry, Alun Cairns, disse que as companhias deviam ter em consideração que os limites de preço poderiam não estar a ser respeitados. Aliás, segundo o Financial Times, um responsável de Bruxelas disse que quase nenhum dos carregamentos de petróleo transportados por via marítima teve um preço abaixo dos 60 dólares em outubro, e também os dados russos dão conta que o valor médio foi 80 dólares por barril.
A seguradora West of England cobre a maior fatia do bolo, cerca de 20 mil milhões de euros em barris de petróleo. Contactada pelo jornal Cityam, disse que “Se se verificar que um atestado é inexato ou que existe qualquer outra atividade sancionável, a cobertura do seguro para a viagem em causa cessa automaticamente e na sua totalidade. Por conseguinte, é incorreto sugerir que a West oferece cobertura para qualquer navio-tanque que transporte cargas acima do preço máximo; não é esse o caso e não existe qualquer cobertura para tais atividades”.
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