Fintech portuguesa Eupago entra no retalho com compra da Pagaqui
Com a aquisição, o grupo liderado por José Veiga e Telmo Santos quer ser "o principal operador de pagamento de contas em Portugal", pretendendo investir 2,5 milhões em três anos para expandir a rede.
A empresa portuguesa de pagamentos eletrónicos Eupago anunciou esta sexta-feira a entrada no negócio do retalho dos pagamentos físicos com a aquisição da Pagaqui, pretendendo investir 2,5 milhões de euros em três anos na expansão da respetiva rede.
“Queremos ser o principal operador de ‘pagamento de contas’ em Portugal e, por isso, vamos investir 2,5 milhões de euros em três anos na expansão da rede Pagaqui, que se pretende aumentar de 2.500 para 8.000 pontos de venda, criando uma verdadeira extensão do mundo digital ao físico em diferentes regiões do país“, afirma o presidente do grupo Eupago, citado num comunicado.
Segundo José Veiga, a Eupago pretende, em particular, expandir a rede Pagaqui no interior do país, “apoiando as populações do interior que recentemente viram muitas agências bancárias e serviços de bens essenciais retirarem-se das suas regiões” e contribuindo para “aumentar a coesão territorial e a qualidade de vida da população de áreas com menor densidade populacional”.
Com a compra à Teya Portugal da Pagaqui – uma fintech (empresa tecnológica do setor financeiro) que detém uma rede de 2.500 pontos de venda distribuídos por lojas, quiosques, cafés, pastelarias e papelarias – o grupo fundado por José Veiga e Telmo Santos visa “fortalecer a posição da Eupago no mercado de pagamentos, expandindo a sua presença aos pontos físicos”.
Segundo empresa, a Pagaqui, “com foco no atendimento humano e na inclusão digital, complementa a abordagem tecnológica da Eupago, permitindo um alcance mais amplo e um serviço mais personalizado”.
Neste sentido, prevê reforçar as parcerias com câmaras municipais, onde a Pagaqui, já fornece serviços de pagamentos para ‘utilities’, como transportes públicos ou serviços essenciais de água e luz, “de forma a expandir colaborações para um nível distrital, incluindo Madeira e Açores”.
A empresa, através da Pagaqui, pretende ainda obter autorizações regulamentares para oferecer uma gama mais ampla de serviços, incluindo ser promotor de serviços bancários e agente de envio de remessas para o estrangeiro.
“Numa era onde a digitalização é predominante, a Pagaqui traz calor humano e proximidade ao processo, algo cada vez mais raro e valioso. Com a Eupago conseguirá levar o digital para o offline e transformará os pontos de venda em ‘hubs’ de serviços digitais. Esta abordagem reforça o compromisso da Eupago em moldar o futuro dos pagamentos e serviços, unindo o melhor dos dois mundos: a eficiência do digital e a necessidade e a proximidade do offline“, conclui José Veiga.
Criada em 2015 e acreditada e supervisionada pelo Banco de Portugal, a Eupago é especializada no apoio a pagamentos realizados pela Internet, com soluções que vão desde ‘o e-commerce‘ empresarial a vendas particulares, nomeadamente Payshop, Pagaqui, Paysafecard, MBway, Paysafecash e Débito Direto.
A Eupago iniciou a sua internacionalização com a entrada no mercado espanhol, em 2019, assumindo como objetivo tornar-se “líder ibérica na área dos pagamentos digitais”, e, a médio prazo, diz pretender expandir-se a nível europeu.
Atualmente, a empresa tem cerca de 17.000 contas ativas em Portugal e 3.500 em Espanha.
Criada em 2014, a Pagaqui é uma ‘fintech’ portuguesa especializada na oferta de soluções de pagamentos e serviços de cobrança, que atua através de uma rede de agentes distribuída pelo território nacional, disponibilizando vários serviços de pagamento e carregamento através de terminais físicos ou ‘online’.
Conta atualmente com cerca de três milhões de utilizadores dos seus serviços e, mensalmente, processa aproximadamente 250.000 transações.
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