Leiria investe mais de oito milhões no sistema de drenagem para evitar cheias na cidade
Em causa estão as áreas mais críticas da cidade que precisam de intervenção a curto prazo por forma a evitar cheias como as que têm ocorrido na última década.
A Câmara Municipal de Leiria vai investir mais de 8,2 milhões de euros até 2030 na requalificação do sistema de drenagem pluvial para prevenir a ocorrência de inundações e cheias em zonas da cidade mais vulneráveis, como as que aconteceram na última década. O plano, apresentado em reunião do executivo, inclui ainda um sistema de monitorização da precipitação mediante a instalação de dispositivos e medidores de caudal no caneiro que atravessa o centro histórico.
Sob a liderança de Gonçalo Lopes, o município pretende, assim, responder à “falta de escoamento das águas pluviais, principalmente devido à limitação dos coletores, escassez de energia gravítica, falta de proteção eficaz, ao assoreamento e obstrução de coletores, com construção sob edifícios, e à não separação do sistema de drenagem das águas residuais domésticas”.
O plano, apresentado na reunião do executivo desta terça-feira, define as áreas mais críticas da cidade que precisam de intervenção a curto prazo por forma a evitar cheias. Entre elas estão as ruas da Restauração, Dr. António Costa Soares, de São Miguel e Emídio Agostinho Marques, além da rotunda D. Dinis.
O município pretende ainda avançar, no centro da cidade, com a reabilitação do caneiro assim como a construção de coletores em pressão e de uma estação elevatória no Largo Papa Paulo VI. Esta intervenção “vai conduzir e bombear a água diretamente para o rio Lis sempre que se registar um caudal demasiado elevado”, descreve a autarquia que pretende avançar com medidas que impeçam a água da chuva chegar à zona baixa da cidade.
Este plano contempla ainda a criação de um dique de proteção, o desvio de caudais e o reforço da rede de águas pluviais na zona junto ao Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa. Entre as várias medidas estão igualmente o controlo dos caudais na origem, nomeadamente a criação de bacias de retenção, a colocação de pavimento permeável, o aproveitamento das águas pluviais nos edifícios, a instalação de coberturas e fachadas ajardinadas, assim como a criação de poços e trincheiras que retêm a água antes de entrar no sistema de drenagem.
Outra medida consiste na criação de um sistema de monitorização da precipitação no âmbito de um projeto-piloto para instalar dispositivos e medidores de caudal no caneiro que atravessa o centro histórico.
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