Farfetch poderá despedir 1.000 pessoas em Portugal
Cerca de metade dos despedimentos da Farfetch poderão ser realizados em Portugal, segundo apurou o ECO. Negociações arrancaram esta sexta-feira.
O plano de despedimentos da Farfetch em Portugal poderá abranger cerca de 1.000 trabalhadores, metade das pessoas que poderão ser dispensadas pela tecnológica portuguesa fundada por José Neves a nível global. A confirmar-se, a tecnológica agora detida pela Coupang irá cortar os colaboradores no país para um terço.
Portugal é a área geográfica onde a Farfetch tem o maior número de colaboradores – cerca de 3.000 em Matosinhos, Braga, Guimarães e Lisboa – e deverá ser também a região mais afetada pelos despedimentos. Segundo apurou o ECO, poderão ser dispensadas cerca de mil pessoas no país.
A Farfetch confirmou ao ECO que vai reduzir entre 25% e 30% os seus colaboradores a nível global. O plano de despedimentos, que arrancou esta sexta-feira em Portugal, poderá levar à saída de cerca de 2.000 pessoas.
A tecnológica criada em 2008 pelo português José Neves, que ontem apresentou a sua demissão como CEO da empresa, está a realizar um programa de despedimentos, após a Coupang ter concluído, há cerca de duas semanas, a aquisição da Farfetch acordada no passado dia 18 de dezembro.
A empresa informou esta quinta-feira por email os trabalhadores que iria iniciar “o processo de despedida de colegas e amigos que foram partes importantes da jornada da Farfetch até agora. As conversas com as pessoas afetadas por estes despedimentos terão início em Portugal amanhã [esta sexta-feira]”.
Esta sexta-feira estiveram a decorrer reuniões com as pessoas visadas, sendo-lhes oferecida a possibilidade de saírem por mútuo acordo, mas sem subsídio de desemprego, ou esperar pelo programa de despedimento coletivo. Segundo mensagens partilhadas por trabalhadores num fórum da Internet, este programa poderá arrancar já em março.
“Alegadamente, as condições do acordo são standard para todos e não há margem para grandes negociações individuais. Data para decidir é até dia 23 de fevereiro. Quem indicar que não aceita, ou não responder, será incluído no despedimento coletivo que terá início na semana 12 de março”, refere um trabalhador da Farfetch nesse fórum, onde os colaboradores estão a trocar informações.
Neste momento persiste uma grande incerteza em relação ao futuro da empresa em Portugal e sobre a equipa que vai permanecer no país.
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