Bem-estar em 2024

  • Tiago Santos
  • 28 Fevereiro 2024

O bem-estar, ou melhor dizendo, a falta deste, pode custar caro às empresas. E os números falam sempre mais alto.

Falar em bem-estar pode significar muita coisa diferente: conforto, satisfação, saúde, tranquilidade, felicidade… A lista prossegue, com nomes que todos gostariam de tornar adjetivos quando se trata de qualificar o que sentem. E é um facto que, nunca como agora, o bem-estar esteve tanto em destaque, sobretudo em contexto laboral, associado a outro conceito que tem conquistado a atenção global: o de saúde mental.

E se há ainda quem bem se lembre de tempos em que o bem-estar era um tema pouco ou nada relevante para as empresas, hoje, sobretudo resultado de uma invasão do mercado de trabalho pela novas gerações, que não hesitam em trocar de emprego em nome de uma satisfação que já é indissociável do bem-estar, este passou a fazer não só parte do léxico empresarial, como se tornou fio condutor de medidas que incidem sobre os caminhos para o melhorar.

E não é para menos. Afinal, o bem-estar dos colaboradores traduz-se em produtividade. As contas podem não ser lineares ou fáceis de fazer, mas já o impacto da falta de bem-estar no trabalho, esse sente-se de forma clara, através das baixas por motivos de saúde mental, da redução de rendimento ou dos burnouts – um inquérito recente, realizado pelo Laboratório Português dos Ambientes de Trabalho Saudáveis, revelava que 50,6% dos trabalhadores em Portugal estão em elevado risco de burnout. Ou seja, o bem-estar, ou melhor dizendo, a falta deste, pode custar caro às empresas. E os números falam sempre mais alto.

Não é, por isso, surpreendente que os departamentos de Recursos Humanos olhem hoje para esta questão como parte integrante das suas políticas – até porque quem não o faz arrisca-se a perder a corrida da produtividade. Mas não basta apenas criar medidas para garantir a segurança dos colaboradores; é essencial ter uma cultura de bem-estar, através, por exemplo, da criação de programas de hábitos saudáveis, da implementação de políticas de equidade, diversidade e inclusão ou da definição de novas formas de trabalho, como o flexível.

Este é, de resto, o caminho para o sucesso e, se dúvidas houvesse, são vários os estudos que já o confirmam. Como o recentemente realizado pela Universidade de Oxford, com base em milhões de avaliações de colaboradores, que confirma a mudança de paradigma: priorizar o bem-estar dos funcionários pode transformar as empresas, e a economia, e ser o motor do sucesso a longo prazo nos negócios. Porque as pessoas são mesmo o maior ativo das empresas.

  • Tiago Santos
  • CEO da Workwell

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