Mais de dois anos depois, bitcoin atinge novo recorde. Negociou acima dos 69 mil dólares
Criptomoeda mais popular do mundo transacionou a mais de 69 mil dólares, superando o máximo histórico anterior, de 68.999,99 dólares, atingido em novembro de 2021.
A bitcoin atingiu esta terça-feira um novo máximo histórico, negociando acima do último recorde de 68.999,99 dólares que tinha alcançado em novembro de 2021. A criptomoeda trocou de mãos por mais de 69 mil dólares (cerca de 63.476 euros), subindo 4,44% face ao dia anterior, segundo dados da plataforma de preços CoinMarketCap. Minutos depois, o preço aliviou e a moeda virtual já chegou a negociar abaixo dos 64 mil dólares, à medida que alguns investidores foram vendendo e encaixando mais-valias.
Esta cotação confere à bitcoin um valor de mercado de 1,33 biliões de dólares, o que representa quase 53% do valor total de todas as criptomoedas seguidas pela mesma plataforma. Desde 1 de janeiro, a bitcoin já acumula um ganho de mais de 60%.
Evolução do preço da bitcoin:
Entusiastas dos criptoativos, mas também investidores profissionais, têm observado com atenção as cotações da bitcoin nos últimos dias, à medida que a criptomoeda líder do mercado tem vindo a valorizar. A euforia ganhou novo alento nesta última semana porque o preço acelerou, acumulando uma subida de quase 20% nos últimos sete dias, 56% nos últimos 30 dias e 60% desde o princípio do ano, face ao mesmo período imediatamente anterior.
Mais de dois anos após o último máximo histórico, a bitcoin volta a ligar os máximos num ano marcado pela aprovação nos EUA dos primeiros fundos cotados de bitcoin, transacionados no mercado regulado. Há anos que se especulava sobre a aprovação, com muitos entusiastas a defenderem que era um passo importante para trazer as criptomoedas ainda mais para o mundo mainstream.
Segundo a Reuters, foram investidos, em termos líquidos, acima de dois mil milhões de dólares na semana que terminou a 1 de março, dos quais mais de metade no fundo iShares Bitcoin Trust, gerido pela BlackRock.
Além disso, aproxima-se o evento conhecido por halving. Trata-se de um acontecimento programado no código da bitcoin que reduz para metade a recompensa dada aos nós que processam as transações. Este fenómeno, que a CoinMarketCap estima que vai ocorrer dentro de 47 dias, está ligado a uma redução na oferta de bitcoins no mercado.
“O apetite para ganhar exposição à bitcoin está a atingir níveis insaciáveis”, disse à agência Tony Sycamore, analista da IG, uma corretora de instrumentos derivados. Por sua vez, Kathleen Brooks, diretora de research da XTB, comentou: “Quando estamos nestes níveis psicológicos, estes máximos históricos, claro que iremos assistir a algum tipo de desaceleração. É totalmente expectável.”
O entusiasmo também tem puxado por outras criptomoedas. O Ethereum valorizou quase 16% no acumulado dos últimos sete dias e o número de unidades de Tether em circulação, uma “criptomoeda estável” desenhada para manter o valor fixo de um dólar, atingiu os 100 mil milhões de dólares.
O novo recorde da bitcoin foi atingido minutos depois de o ouro também ter renovado um máximo histórico de 2.140 dólares a onça, acumulando um ganho de 3,75% este ano. Depois de atingir um novo recorde, a criptomoeda inverteu a tendência de ganhos e seguia a recuar cerca de 4% para 64.219 dólares, tendo já chegado a desvalorizar mais de 5%, nos 63.902 dólares.
(Notícia atualizada pela última vez às 15h44)
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