BRANDS' ECOSEGUROS “O foco das nossas equipas é entender o problema do cliente”
Encontrar soluções tecnológicas para os problemas do mercado segurador é o grande objetivo da Cleva Inetum. Sofia Amorim, da Cleva, faz um overview de 2023 e apresenta os projetos para o ano de 2024.
As soluções tecnológicas para o mercado segurador têm sido revolucionárias para os negócios no setor, já que têm sido uma boa opção para detetar os problemas dos clientes e, acima de tudo, para os resolver mais rapidamente e de forma mais eficaz.
A tecnologia necessária para desenvolver este tipo de soluções tem de ser trabalhada por empresas capazes de perceber a dinâmica deste mercado, de modo a criarem tecnologia que realmente se adeque àquilo que são as necessidades deste setor e não torne o seu dia-a-dia mais complexo.
Nesse sentido, a Cleva Inetum dedica-se ao desenvolvimento de soluções core, que impulsionam a transformação digital da indústria seguradora através de uma plataforma completa e integrada com cobertura funcional total, que abrange desde a gestão de apólices até a análise de riscos e o atendimento ao cliente.
A empresa destaca-se pela forte relação com o cliente e, no último ano, conseguiu mesmo superar as receitas do ano transato. Em entrevista ao ECO, Sofia Amorim, Sales & Marketing Director da Cleva, revela as razões que levaram a este crescimento e ainda partilha quais as perspetivas para este ano de 2024.
No último ano, a Cleva gerou receitas superiores ao ano transato, que a fizeram atingir valores muito interessantes. Como conseguiram chegar a este marco importante?Nos últimos anos temos tido um crescimento consistente, fruto do dinamismo dos nossos clientes na resposta a um mercado segurador cada vez mais exigente. Tudo isto é sustentado pelo aumento e formação contínua das nossas equipas, bem como pela otimização dos nossos serviços.
O ano de 2023 foi um ano relevante em termos de crescimento, acompanhando os nossos clientes no que são os seus próprios crescimentos de carteira e quota de mercado. Quanto a serviços, tivemos um crescimento significativo no Suporte Aplicacional, com cerca de 85% da receita a vir de clientes com o nosso modelo de serviço mais completo, que tem confirmado a melhoria na qualidade de serviço e satisfação dos nossos clientes. Em termos de Projetos, dou particular relevo à conclusão das implementações de IFRS17, em Portugal, ao novo PCES, em Angola, e aos projetos de Upgrade de versão do software da Cleva, que demonstram a vontade que os nossos clientes têm em adotar as versões mais recentes do software Cleva, acompanhando a evolução funcional e tecnológica.
Foi um ano muito intenso, mas também muito gratificante, e que consolidou a relação de proximidade com os nossos clientes. Tudo isto só foi possível pelas equipas excecionais que temos, com pessoas de uma grande dedicação, profissionalismo e empenho, e na qual temos investido significativamente, tendo crescido mais de 32% nos últimos três anos.
A Cleva opera em 9 países e destaca-se pela capacidade de retenção do cliente. Como é que consolidam as relações com os clientes, algumas delas com mais de 20 anos?A longa relação com os nossos clientes é um dos fatores que mais nos orgulha e que resulta do trabalho de todas e cada uma das nossas equipas. Desde o início desta empresa, os nossos clientes estiveram no centro. Todo o software que desenvolvemos e os serviços que prestamos são para trazer soluções para os problemas no mercado segurador e permitir aos nossos clientes crescerem o seu negócio com respostas rápidas e adequadas à constante evolução do mercado.
Para isso temos uma equipa dedicada de Key Account Managers, que acompanham no dia-a-dia a atividade dos clientes, desafiando para novas áreas e planeando as principais iniciativas estratégicas em conjunto. Para além disso, temos a nossa equipa de Produto em constante análise das tendências tecnológicas e funcionais, procurando antecipar-se às necessidades da indústria e dos diferentes mercados onde atuam os nossos clientes. A evolução contínua das nossas soluções, garantindo atualização tecnológica e resposta funcional aos desafios e evolução do mercado segurador, são a demonstração do investimento e empenho do lado da Cleva.
Tudo se materializa depois no dia-a-dia, com as nossas equipas de Projetos e Suporte Aplicacional, que fazem acontecer a mudança e a evolução numa relação de grande proximidade com as equipas do cliente, não só do IT, mas também do negócio. E sempre com o cliente no centro. O foco das nossas equipas é entender o problema do cliente e procurar a melhor solução tecnológica para responder.
Quais são os maiores desafios da internacionalização?Desde 2012 que a Cleva tomou a decisão estratégica de crescer internacionalmente. Destacaria dois desafios mais relevantes da internacionalização: a preparação do nosso software e a abordagem de implementação.
Começando pela preparação do nosso software, a avaliação da melhor arquitetura tecnológica foi um dos pontos principais, focando na adaptação às diferentes geografias e ao número de países e línguas suportados, com especificidades dos pontos de vista de oferta de produtos, requisitos legais e diferentes processos, quer em Vida e Não-Vida. Em complemento, foi revista também a arquitetura do Produto, investindo em modelos de integração via web services, para permitir a integração com outras soluções e pontos de extensibilidade, fundamental para poder atuar em diferentes mercados e modelos de negócio.
O outro desafio a destacar é o modelo de implementação/integração. Até então, todas as nossas implementações tinham sido realizadas com equipas internas. Para avançarmos para a internacionalização, foi fundamental prepararmo-nos para poder ter o nosso software a ser implementado por parceiros locais. Assim, decidiu-se investir em documentação de produto, metodologias de implementação e ferramentas de monitorização, de forma a formarmos parceiros locais com meios adequados para poderem ser autónomos na implementação das nossas soluções e o posterior suporte aplicacional à operação no dia a dia.
Sentimos que o desafio da internacionalização é um caminho a percorrer, mas para o qual estamos já com bastante avanço. Neste momento, cerca de 35% da nossa receita é feita nos mercados internacionais. E queremos continuar a crescer, aumentando ainda mais este rácio.
A Cleva tem, também, uma forte aposta no mercado espanhol. Qual a razão deste investimento?A escolha do mercado espanhol como prioridade para o nosso crescimento internacional foi bastante ponderada. Depois de termos experiência já no mercado africano, onde a proximidade da língua e dos modelos de negócio foram fatores determinantes para o sucesso das implementações, quisemos ter estes fatores também em consideração para escolher o que seria o próximo mercado a abordar.
Assim, a proximidade ao mercado espanhol, geográfica e cultural, foram fatores importantes, mas não os únicos. Já nos encontrávamos no mercado, levados por um dos nossos maiores clientes, que tem uma representação internacional, e, assim, já tinha também as nossas soluções na sua operação em Espanha. Conhecíamos, pois, bastante bem as especificidades do mercado, temas legais, integrações, etc., e tínhamos até já as nossas soluções a funcionarem em pleno nesse mercado. Acresce a tudo isto a realidade do mercado espanhol, com grandes necessidades de modernização das soluções tecnológicas do setor segurador, muito orientado para rever uma abordagem histórica de fragmentação de soluções e de desenvolvimentos be-spoke para a escolha de soluções core de mercado.
A Cleva realiza anualmente encontros com clientes. Como são esses encontros? Já têm alguma informação em vista para o de 2024?Desde a sua fundação que, com o cliente no centro, a Cleva procura estar próxima dos seus clientes. Fá-lo de diversas formas, sendo uma das mais relevantes através da realização anual do que chamamos “User Group”. Nestes eventos, o objetivo principal é partilhar informação sobre as nossas soluções, bem como poder refletir em conjunto sobre temas relevantes do setor segurador. Tradicionalmente, realizamos os eventos em Lisboa, onde se encontra a maior parte dos nossos clientes, mas, nos últimos oito anos, também realizamos, por duas vezes, o evento aqui no Norte: em 2016 na nossa emblemática Casa da Música, e, em 2023, no espaço WOW, em Gaia.
Em 2024, temos planos para voltar a organizar um evento com os clientes. Será um ano em que estaremos particularmente próximos, com encontros estratégicos para a definição do caminho de evolução conjunto do nosso software, que iremos realizar ao longo do ano. Assim, o evento em que reuniremos os clientes todos num mesmo momento deverá acontecer no 2º semestre, em Lisboa, e teremos mais novidades para partilhar em breve.
No final deste ano, em dezembro, a empresa tem agendado o lançamento de uma nova release do produto. Pode partilhar mais detalhes sobre esta novidade?A release a lançar no final de 2024 terá novidades interessantes, quer em Vida, quer em Não Vida. Em Vida destacamos novas funcionalidades no caminho de evolução dos nossos clientes da versão v6 para a v7, que representa um salto tecnológico muito relevante e uma reformulação integral da experiência de utilização da solução. Em Não Vida, esta release será a primeira de duas da modernização tecnológica da solução, que levará até aos nossos clientes uma transformação digital, em continuidade e sem disrupção. Em adição e de forma transversal, esta release irá também trazer melhorias a nível de usabilidade da solução, novos e melhorados workflows, uma oferta alargada de web services e novas funcionalidades no Analytics. Tudo isto alicerçado numa atualização tecnológica e de segurança, que, aos dias de hoje, é uma prioridade crescente para as companhias de seguros.
O que esperam de 2024?Esperamos um ano de 2024 de grande crescimento e dinamismo. Desde o consolidar da nossa estratégia no mercado espanhol, ganhando um novo cliente, ao lançamento da release no final do 2024. Contamos poder desenvolver, ao longo do ano, com os nossos clientes, iniciativas que os ajudem a crescer também nos seus negócios.
Assim, temos já previstos projetos de Upgrade de versão, de migração de carteira, de implementação de workflows, de lançamento de novos produtos de seguros, de implementação de novos web services, para além do trabalho contínuo de suporte aplicacional no dia-a-dia.
Esperamos, assim, crescer também a equipa, tendo cerca de 20 posições em aberto para diferentes perfis e áreas. Sabemos que as indústrias em que nos movemos, das tecnologias de Informação e dos seguros, são áreas de grande (re)evolução, pelo que estaremos atentos e preparados para o que virá neste ano de 2024.
E, definitivamente, continuando com os nossos clientes no centro!
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